UTILIZAÇÃO DA PROGRESSÃO ARITMÉTICA DO COEFICIENTE DE CORRELAÇÃO DE PEARSON PARA PREVISÃO DA DESCARACTERIZAÇÃO SUPERFICIAL DE ROCHAS ORNAMENTAIS.

Autores

  • Thiago M. BOLONINI Universidade Federal do Espirito Santo
  • Antonio Misson GODOY Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Instituto de Geociências e Ciências Exatas de Rio Claro, Departamento de Petrologia e Metalogenia
  • Carlos Alberto M. FIGUEIREDO Centro de Petrologia e Geoquímica do Instituto Superior Técnico
  • António MAURÍCIO Centro de Petrologia e Geoquímica do Instituto Superior Técnico
  • Manuel F. PEREIRA Centro de Petrologia e Geoquímica do Instituto Superior Técnico

DOI:

https://doi.org/10.5016/geociencias.v38i3.13982

Resumo

No envelhecimento acelerado de rochas ornamentais em câmara saturada em SO2, as interações físico-químicas têm o objetivo de simular a exposição das mesmas às chuvas ácidas. As presenças de SO2, de H2O, somadas à incidência de radiação solar (externa) permitem a formação fotoquímica do ácido sulfúrico (H2SO4) e a correlação entre as digitalizações das superfícies dos corpos de prova, antes e após as exposições ao H2SO4, propicia a análise da evolução das alterações causadas. A estimativa do tempo gasto, em anos, para que as alterações descaracterizem totalmente a aparência estética da superfície das amostras é feita com a progressão aritmética do coeficiente de correlação linear de Pearson (r) que permite, quando igual a 0 (zero), afirmar a inexistência de correlação entre imagens de amostras submetidas ao ensaio e suas imagens originais ao natural. Os resultados apontam o Butterfly Gold como o mais susceptível à descaracterização estética superficial (3,08 anos), seguido do Butterfly Green (3,91 anos) e do Butterfly Beige (16,03 anos). Ressalta-se que a descaracterização não implica, necessariamente, em alteração ou comprometimento estrutural ou físico-mecânico da rocha. A concentração do gás na câmara (25 ppm) foi superelevada propositalmente para acelerar o processo de deterioração. É importante lembrar que a câmara simula as condições climáticas em fluxo praticamente contínuo necessitando o pesquisador, para as interpretações, considerar a concentração de SO2 na atmosfera, a duração das estações chuvosas, a incidência de chuvas ácidas e suas intensidades ao longo de um ano nos diferentes territórios. As previsões aqui realizadas não são impeditivos para aplicação destes materiais em ambientes externos nem tampouco internos, pois procedimentos usuais de limpeza podem ser perfeitamente aplicados para conservação dos mesmos.

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Publicado

2019-12-19

Edição

Seção

Artigos