OS RECIFES DE CORAL DA APA PONTA DA BALEIA, BAHIA

Autores

  • Zelinda Margarida Andrade Nery LEÃO Universidade Federal da Bahia
  • Marília Dirceu Machado OLIVEIRA Universidade Federal da Bahia
  • Ruy Kenji Papa KIKUCHI Universidade Federal da Bahia

Palavras-chave:

APA Ponta da Baleia. Recifes de Corais. Abrolhos. Sedimentação. Morfologia Recifal. Vitalidade de Recifes.

Resumo

O presente trabalho é a caracterização geral das condições atuais dos recifes de coral que fazem parte da Área de Proteção Ambiental da Ponta da Baleia no Arco Costeiro de Abrolhos. A descrição dos recifes baseia-se na morfologia das estruturas recifais e na sua forma de crescimento. São encontrados recifes na forma de cômoros, canteiros, bancos e colunas. A fauna e a flora que compõem as estruturas rochosas e o fundo sedimentar no entorno dos recifes, são analisadas quantitativamente. Dados da taxa de sedimento acumulado no entorno dos recifes são reunidos de trabalhos prévios. Estas informações subsidiarão a gestão ambiental dos recifes da APA da Ponta da Baleia, na costa sul do Estado da Bahia. Nestes recifes é encontrada a maioria das espécies de corais zooxantelados descritos no oceano Atlântico Sul Ocidental. Seis deles são endêmicos da plataforma continental leste do Brasil. A maioria dos recifes costeiros da região de Abrolhos considerados neste trabalho vive em condições de taxa de sedimentação acima do que geralmente se considera aceitável para um crescimento saudável dos recifes. O percentual de cobertura viva de coral e hidrocoral e de alga coralinácea apresentaram os menores valores nos recifes de Leste e do Lixa, onde também o número de colônias de corais com pelo menos 20 cm de diâmetro é menor. Nestes recifes foram registrados taxas de sedimentação acima de 10 mg.cm-2.dia-1 Os Recifes das Timbebas e Pedra Grande Sul, onde foram registradas taxas de sedimentação abaixo de 10 mg.cm-2.dia-1, apresentaram um percentual maior de cobertura viva de coral e hidrocoral como, também, um maior número de colônias grandes de coral. Palavras-chave: APA Ponta da Baleia. Recifes de Corais. Abrolhos. Sedimentação. Morfologia Recifal. Vitalidade de Recifes. Abstract This paper is a general characterization of the present conditions of coral reefs that are within the Environmental Protection Area of Ponta da Baleia, in the Coastal Arc of Abrolhos. The reef description is based on the morphology of their structures and growth. Coral knolls, patch and bank reefs and pinnacles are found, Fauna end flora that build rock structures and contribute to the sediment around reefs are analyzed quantitatively. Sediment accumulation rates data of the reef environment are obtained from previous studies. This information will support environmental management of reefs that are found in the APA of Ponta da Baleia, in the southern coast of the Bahia State. In these reefs occur the majority of coral species found in the Western South Atlantic Ocean. Six of them are endemic of the eastern continental shelf of Brazil. Most of the reefs studied in this work live in conditions of sedimentation rate that are considered higher than expected to a healthy growth of reefs. The live coral and hydrocoral and coralline algae cover are the smallest in Leste and Lixa reefs, and it is where there are a smaller number of coral colonies greater than 20 cm in diameter. In these reefs sedimentation rates are higher than 10 mg.cm-2.day-1. Timbebas and Pedra Grande do Sul reefs, where sedimentation rates are lower than 10 mg.cm-2.day-1, showed a greater percentage of coral and hydrocoral live cover and a greater number of colonies greater than 20 cm in diameter. Key words: EPA Ponta da Baleia. Coral Reefs. Abrolhos. Sedimentation. Reef Morphology. Reef Vitality. OLAM - Ciência & Tecnologia, Rio Claro, SP, Brasil – eISSN: 1982-7784 está licenciada sob Licença Creative Commons. Rio Claro / SP, Brasil Ano VIII Vol. 8 No.1, Janeiro - Junho / 2008 – RESUMOS

Biografia do Autor

Zelinda Margarida Andrade Nery LEÃO, Universidade Federal da Bahia

Professora do Curso de Pós-Graduação em Geologia, Pesquisadora do CNPq, Departamento de Sedimentologia do Instituto de Geociências

Marília Dirceu Machado OLIVEIRA, Universidade Federal da Bahia

Pós-Doutoranda Instituto de Geociências, Universidade Federal da Bahia

Ruy Kenji Papa KIKUCHI, Universidade Federal da Bahia

Professor do curso de Pós-Graduação em Geologia, Universidade Federal da Bahia, Pesquisador do CNPq

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Publicado

2008-08-17