IMPLICAÇÕES SOCIOAMBIENTAIS ENTRE CAMPONESES E O AGRONEGÓCIO DO DENDÊ NO NORDESTE PARAENSE

Autores

  • Rafael Benevides de Sousa Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará
  • Cátia Oliveira Macedo Universidade do Estado do Pará/Instituto Federal do Pará

DOI:

https://doi.org/10.5016/estgeo.v17i1.13706

Resumo

Este artigo tem como objetivo discutir questões socioambientais impetradas em comunidades rurais, pressionadas pela produção da palma de dendê no nordeste paraense, em particular, nos municípios de Acará, Bujaru e Concórdia do Pará. Os dados de campo revelaram que a entrada do dendê nessa região da Amazônia pressionou os territórios campesinos, agravando problemas relacionados à água e à floresta. Destacaram-se especialmente os impactos relacionados aos igarapés, espaços de sociabilidade e rememoração das ancestralidades, agora impróprios para a realização da vida em decorrência dos poluentes químicos que fluem dos campos de dendê e alcançam os igarapés. Outros fatores concorreram para isso: o desmatamento, o consequente avanço de bichos peçonhentos sobre as unidades domésticas e os problemas relacionados a mobilidade em decorrência das péssimas condições das vias de acesso aos territórios campesinos cercados pelo dendê. Como metodologia de pesquisa, utilizamos a pesquisa de campo, a captação de dados qualitativos, com a técnica de entrevista sobre a história de vida.

Biografia do Autor

Rafael Benevides de Sousa, Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará

Professor Adjunto do Curso de Geografia do Instituto de Estudos do Trópico Úmido da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará. Doutor em Geografia pela Universidade Federal Fluminense

Cátia Oliveira Macedo, Universidade do Estado do Pará/Instituto Federal do Pará

Doutora em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo. Professora adjunta do departamento de Ciências Sociais e Educação da Universidade do Estado do Pará.

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Publicado

2019-08-03

Edição

Seção

Artigos