Cesta de Bens e Serviços Territoriais e desenvolvimento da vitivinicultura no município de Andradas (MG)
Resumo
A vitivinicultura no município de Andradas (MG) possui raízes históricas associadas à imigração italiana desde o final do século XIX. Após um período de retração, observa-se, desde o início do século XXI, uma reestruturação produtiva impulsionada pela valorização dos vinhos finos. O artigo analisa os ativos territoriais vinculados à vitivinicultura local e sua mobilização na conformação da Cesta de Bens e Serviços Territoriais (CBST), por meio de abordagem qualiquantitativa baseada em revisão bibliográfica, análise documental, entrevistas semiestruturadas e dados secundários. Os resultados indicam a coexistência de modelos produtivos distintos: o tradicional, focado em vinhos de mesa, e o moderno, voltado para vinhos finos e experiências enoturísticas. Apesar das novas oportunidades econômicas, persistem desigualdades no acesso à infraestrutura e à tecnologia, dificultando a inserção dos pequenos produtores. A ausência de redes cooperativas e a escassez de políticas públicas específicas comprometem a governança territorial e a permanência dos pequenos produtores na atividade. Conclui-se que a valorização da vitivinicultura local exige a articulação entre tradição e inovação, o fortalecimento de arranjos institucionais e a implementação de políticas públicas voltadas à inclusão produtiva.
Palavras-chave: vitivinicultura; Cesta de Bens e Serviços Territoriais; desenvolvimento territorial; Andradas (MG); enoturismo.
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Estudos Geográficos: Revista Eletrônica de Geografia, Rio Claro, SP, Brasil - eISSN: 1678—698X está licenciada sob Licença Creative Commons