Cesta de Bens e Serviços Territoriais e desenvolvimento da vitivinicultura no município de Andradas (MG)

Autores

  • Isabella Martineli Rossi UNESP
  • Samuel Frederico UNESP

Resumo

A vitivinicultura no município de Andradas (MG) possui raízes históricas associadas à imigração italiana desde o final do século XIX. Após um período de retração, observa-se, desde o início do século XXI, uma reestruturação produtiva impulsionada pela valorização dos vinhos finos. O artigo analisa os ativos territoriais vinculados à vitivinicultura local e sua mobilização na conformação da Cesta de Bens e Serviços Territoriais (CBST), por meio de abordagem qualiquantitativa baseada em revisão bibliográfica, análise documental, entrevistas semiestruturadas e dados secundários. Os resultados indicam a coexistência de modelos produtivos distintos: o tradicional, focado em vinhos de mesa, e o moderno, voltado para vinhos finos e experiências enoturísticas. Apesar das novas oportunidades econômicas, persistem desigualdades no acesso à infraestrutura e à tecnologia, dificultando a inserção dos pequenos produtores. A ausência de redes cooperativas e a escassez de políticas públicas específicas comprometem a governança territorial e a permanência dos pequenos produtores na atividade. Conclui-se que a valorização da vitivinicultura local exige a articulação entre tradição e inovação, o fortalecimento de arranjos institucionais e a implementação de políticas públicas voltadas à inclusão produtiva.

Palavras-chave: vitivinicultura; Cesta de Bens e Serviços Territoriais; desenvolvimento territorial; Andradas (MG); enoturismo.

 

Biografia do Autor

Isabella Martineli Rossi, UNESP

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UNESP (Rio Claro)

Samuel Frederico, UNESP

Professor do Departamento de Geografia e Planejamento Ambiental e do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UNESP (Rio Claro).

Downloads

Publicado

2025-12-10