MAPEAMENTO DE MUÇUNUNGAS NO SUL DA BAHIA E NORTE DO ESPÍRITO SANTO UTILIZANDO TÉCNICAS DE SENSORIAMENTO REMOTO

Autores

  • Carolina Ramalho Brito Uniube
  • Elpídio Inácio Fernandes Filho Universidade Federal de Viçosa
  • Tathiane Santi Sarcinelli Fibria

Resumo

A Floresta Atlântica é constituída por um mosaico de formações florestais nativas e ecossistemas associados, dentre eles as muçunungas. Este tipo de vegetação apresenta formações desde campestres até florestais e ocorre sobre solos areno-quartzosos e hidromórficos, principalmente Espodossolos, na região dos Tabuleiros Costeiros do Sul da Bahia e Norte do Espírito Santo. Esse trabalho teve como objetivo avaliar o desempenho dos classificadores da Máxima Verossimilhança e Support Vector Machine, bem como a contribuição de diferentes composições de bandas multiespectrais, do Índice De Vegetação Da Diferença Normalizada (NDVI) e da análise de componentes principais das imagens do satélite Sensor TM/Landsat5 para a separação de feições das muçunungas. Foram adquiridas nove cenas do satélite/sensor TM/Landsat5. Foram coletadas 75 amostras de treinamento para cada classe de uso do solo e as amostras de validação foram obtidas a partir da base de dados de uso do solo fornecida pela empresa Fibria Celulose. Após a classificação e a avaliação de sua acurácia, as imagens foram utilizadas para confecção de mapas temáticos. Comparando o desempenho dos classificadores MaxVer e Support Vector Machine ambos tiveram resultados satisfatórios, entretanto, o MaxVer mostrou resultados superiores com as 1023 combinações realizadas no ArcGIS. As áreas classificadas como muçununga confundiram-se com outras classes tais como pastagem, eucalipto, mata e corpo d’água devido às características espectrais desta vegetação. O mapa temático produzido pela classificação supervisionada da melhor combinação, utilizando o algoritmo Maxver. A combinação de uma e duas bandas obtiveram resultados inferiores, enquanto que os melhores resultados foram com combinações de seis a oito bandas. O uso do NDVI promoveu melhoria no índice Kappa, mas o incremento é mais significativo na classificação obtida a partir da combinação deste com as bandas do visível. A utilização das componentes principais não representou aumento significativo na acurácia das classificações, exceto para aquelas que só apresentavam bandas do visível. O classificador superestimou a classe muçununga, o que pode ser explicado pela complexidade do comportamento espectral desta vegetação.

Biografia do Autor

Carolina Ramalho Brito, Uniube

Professora de Engenharia Civil na Faculdade de Uberaba

Elpídio Inácio Fernandes Filho, Universidade Federal de Viçosa

Professor do Departamento de Solos na Universidade Federal de Viçosa

Tathiane Santi Sarcinelli, Fibria

Pesquisadora da empresa Fibria

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Publicado

2015-04-22

Edição

Seção

Artigos