<b>Descoloração de corantes sintéticos por Basidiomicetos tropicais brasileiros

Autores

  • Luísa Helena dos Santos Oliveira
  • Vera Maria V. Vitalli Instituto de Botânica
  • Kátia Maria Gomes Machado UNISANTOS
  • Dácio Roberto Matheus UFABC

Resumo

A presente pesquisa visou avaliar a viabilidade do emprego de 2 culturas de basidiomicetos isolados de ecossistemas tropicais - Peniophora cinerea (CCB 204) e Trametes villosa (CCB 291) - na remoção de corantes têxteis em meio aquoso sintético. Discos de crescimento micelial de ambas as culturas foram inoculados em frascos de 250 mL contendo 50 mL de meio líquido contendo (g/L): tartarato de amônia 0,45g, CuSO4 0,049g, MgSO4 0,05g, MnSO4 0,016g e KH2PO4 0,2g. A incubação foi feita de maneira estacionária, temperatura ambiente, durante 7 dias. Foram avaliadas concentrações de sacarose a 0,3%, 0,5%, 0,7% e 1,0% como fonte de carbono. Glicose (0,5%) foi usada como controle, em triplicata. A porcentagem de descoloração do efluente têxtil artificial (3% de NaCl, 0,2% de corante: Azul Brilhante de Remazol -RBBR- Sigma, Amarelo Cibacron ou Vermelho Cibacron) foi avaliada in vivo e in vitro para ambas as culturas, sem ajuste de pH, pela variação das absorbâncias (592, 432, 526 nm, respectivamente), 24 horas após a adição de 5 mL de cada efluente ao crescimento fúngico. Concluiu-se que, as maiores porcentagens de descoloração dos corantes foram obtidas pelo tratamento in vivo e in vitro, utilizando ambas as culturas CCB 204 e CCB 219, cultivadas em meio basal com 0,5% e 0,7% de sacarose, alcançando valores até 94,18%. Entretanto, ambas as linhagens apresentaram menores taxas de descoloração do Vermelho Cibacron, tanto “in vivo” quanto “in vitro”, sugerindo que outro mecanismo enzimático pode estar envolvido na descoloração deste corante.

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