MAPAS E PERCEPÇÃO AMBIENTAL: DO MENTAL AO MATERIAL E VICE-VERSA

Autores

  • Jörn Seemann Universidade Regional do Cariri (URCA)

Palavras-chave:

Percepção Ambiental, Representações, Mapas, Mapeamentos, Mapas Mentais, Abordagem Humanística.

Resumo

RESUMO Pesquisadores que trabalham com questões da percepção ambiental precisam estar conscientes das diferentes abordagens, dos procedimentos metodológicos e do caráter interdisciplinar do assunto. Como a percepção lida com a subjetividade do olhar e do sentir dos indivíduos e dos grupos com todos os seus valores, atitudes e preferências, é preciso elaborar estratégias específicas para tornar "visíveis" esses pensamentos, opiniões e sentimentos sobre as realidades percebidas e os mundos imaginados. Os mapas como representações simbolizadas da realidade podem ser um ponto de partida para as pesquisas. Neste contexto, a Cartografia deve ser compreendida no seu sentido mais amplo possível, indo além do modelo normativo da ciência cartográfica com suas regras de precisão e geometria e concebendo o mapa não como produto, mas como meio de comunicação e processo (mapeamento) que torna experiências ambientais compartilháveis. Apresentam-se aqui duas estratégias para aproximar os mapas da percepção ambiental, o que será mostrado através de alguns exemplos práticos: a confecção, discussão e interpretação de mapas mentais em diferentes escalas e a utilização de mapas oficiais como biografias para aguçar a percepção e estimular a memória. Estes mapeamentos indicam a criatividade da imaginação humana e podem contribuir para uma discussão metodológica mais ampla no campo da percepção ambiental. Palavras-chave: Percepção Ambiental; Representações; Mapas; Mapeamentos; Mapas Mentais; Abordagem Humanística. ABSTRACT Researchers dealing with environmental perception have to be conscious about the different approaches, methodological proceedings and the interdisciplinary nature of their topic. Since the studies about perception cope with the subjectiveness of vision and all the other senses including their values, attitudes and preferences created by individuals and groups, it is necessary to develop specific strategies to make visible these thoughts, opinions and sentiments towards perceived realities and imagined world visions. Maps as simbolized representations of reality can be a starting point for research. In this coherence, Cartography must be understood in its broadest sense, beyond the normative model of scientific Cartography with its rules of precision and geometry, comprehending the map not as a product, but as a means of communication and a process (mapping) that turns environmental experience shareable. Two different strategies are presented and illustrated by some practical examples in order to approach the maps to environmental perception: the confection, discussion and interpretation of mental maps in different scales and the use of official maps as biographies in order to sharpen perception and stimulate memory. These mappings point out human imagination and can contribute to a broader methodological discussion in the field of environmental perception. Keywords: Environmental Perception; Representations; Maps; Mappings; Mental Maps; Humanistic Approach.

Biografia do Autor

Jörn Seemann, Universidade Regional do Cariri (URCA)

Mestre em Geografia pela Universidade de Hamburgo/Alemanha; Departamento de Geociências, Universidade Regional do Cariri (URCA) - Crato, CE, Brasil.

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Publicado

23-09-2016

Como Citar

Seemann, J. (2016). MAPAS E PERCEPÇÃO AMBIENTAL: DO MENTAL AO MATERIAL E VICE-VERSA. OLAM: Ciência & Tecnologia, 3(1). Recuperado de https://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/olam/article/view/11844