A URBANIZAÇÃO E AS IMPLICAÇÕES SÓCIOAMBIENAIS DOS CONJUNTOS HABITACIONAIS: O CASO DA CIDADE DE ADAMANTINA (SP)

Resumo

Este estudo de caso, foi acompanhado pelo processo de expansão urbana através da instalação de conjuntos habitacionais do CDHU (Cia. de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) em duas micro bacias hidrográficas, a dos córregos do Caldeiras e a do Rancho. O desinteresse em relação aos estudos geomorfológicos voltados ao planejamento urbano em particular na cidade de Adamantina, combinado com a susceptibilidade ambiental da região, tem desencadeado vários problemas sócio-ambientais. A relação do urbano com suas influencias negativas ao meio ambiente e na comunidade tem gerado um conflito que mobiliza politicamente o movimento social e ambientalista para reverter a degradação ambiental e suas conseqüências. Após a construção de conjuntos habitacionais sem respeitar as características ambientais, como construções em área de nascentes e em áreas de inundações, colocaram em marcha processos erosivos, rachaduras em edificações, e afloramento de água nas casas e enchentes pluviais. Portanto, foi possível acompanhar a atuação dos agentes envolvidos na construção do espaço urbano e a mobilização da sociedade civil através da interação de setores ligados ao movimento social e ambiental para reivindicar junto ao Poder Público, que o processo de urbanização fosse norteado por parâmetros legais e técnicos na implantação de novos assentamentos humanos e demais intervenções urbanísticas, como os que ocorreram a partir de 2004, oportunidade em que o movimento ambiental, passou a intervir para evitar que o projeto de construção de casas populares no alto curso do córrego do Rancho não repetisse os problemas dos loteamentos anteriores que provocaram fortes danos ambientais.