DA “NATUREZA QUE NOS CERCA” À NATUREZA CERCADA: UMA INTRODUÇÃO AO DEBATE DA CONSERVAÇÃO DE FLORESTAS EM ÁREAS URBANAS

Autores

  • Adriano Severo FIGUEIRÓ Universidade Federal de Santa Maria Departamento de Geociências Laboratório de Geoecologia e Educação Ambiental

Resumo

RESUMO A forma como os seres humanos se relacionam com a natureza, mais especificamente com as paisagens florestais, tem modificado drasticamente ao longo da história da civilização. Vistas, na Idade Média, como antagônicas à construção humana e à lógica da ordem civilizatória, a percepção das paisagens florestais, na Idade Moderna, oscila entre o estoque de recursos capazes de alavancar o desenvolvimento de algumas regiões e as estruturas capazes de garantir o retorno dos serviços ambientais e da qualidade de vida em áreas urbanas altamente artificializadas. A manutenção dos fragmentos florestais nestas áreas, todavia, esbarram em duas grandes dificuldades: de um lado, a permanência de uma cultura predatória que compromete a integridade dos ecossistemas naturais e a sobrevivência de espécies mais frágeis; de outro lado, processos biocêntricos de conservação que impedem práticas sociais de uso. O objetivo deste artigo é discutir o modelo das Reservas da Biosfera como alternativas adequadas de gestão sustentável aos grandes fragmentos florestais em áreas urbanas, reintroduzindo na sociedade uma cultura em defesa do seu patrimônio natural.

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Publicado

2014-07-18