BATIMETRIA FLUVIAL ESTIMADA COM DADOS ORBITAIS: ESTUDO DE CASO NO ALTO CURSO DO RIO PARAGUAI COM O SENSOR ASTER

Autores

  • Hiran ZANI
  • Mário Luis ASSINE Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Instituto de Geociências e Ciências Exatas de Rio Claro, Departamento de Geologia Aplicada.
  • Aguinaldo SILVA Departamento de Ciências do Ambiente – DAM, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, UFMS/ Campus do Pantanal.

Palavras-chave:

ASTER, rio Paraguai, batimetria, sensoriamento remoto aplicado

Resumo

O rio Paraguai é o principal tributário do rio Paraná, percorrendo uma extensão de 1.693 km em território brasileiro. O rio é de grande importância para a economia da Região Centro-Oeste, sendo uma das principais vias de escoamento da produção agrícola regional. Processos de sedimentação no canal têm exigido dragagem contínua em alguns pontos do rio para a manutenção da hidrovia. Para a localização destes pontos são necessários levantamentos batimétricos sistemáticos, realizados com ecobatímetros instalados em embarcações. Neste trabalho é analisada a viabilidade de aplicação do sensor orbital ASTER como instrumento para a extração de informações batimétricas do rio Paraguai. Para tal, foram aplicadas técnicas de processamento digital de imagens e de análise geoestatística. Dados coletados no campo foram utilizados para correlações estatísticas e determinação do desvio padrão dos dados. Profundidades extraídas do comprimento de onda do vermelho (banda 2; 0,63 – 0,69μm) foram as que apresentaram maior correlação com os dados obtidos diretamente no campo, especialmente para profundidades inferiores a 1,7 m. O método geoestatístico diminuiu a dispersão do modelo de 43 cm para 36 cm, mitigando a influência de elementos indesejados, tais como vegetação macrófita aquática e sedimentos em suspensão. A morfologia do canal pode também ser reconstituída satisfatoriamente com os valores digitais de da faixa do vermelho, convertidos em informações batimétricas. Os resultados alcançados permitiram concluir que dados orbitais do sensor ASTER podem fornecer informações batimétricas confiáveis, sendo portanto muito úteis para o monitoramento da migração das barras fluviais e das variações batimétricas menores que 1,7 m ao longo do canal do rio Paraguai. Palavras chave: ASTER, rio Paraguai, batimetria, sensoriamento remoto aplicado.

Biografia do Autor

Hiran ZANI

Possui graduação em Geografia (Bacharelado e Licenciatura) pela Universidade Estadual de Maringá (2006) e mestrado em Geociências e Meio Ambiente pela Universidade Estadual Paulista (2008). Foi estudante convidado do Departamento de Geociências da Universidade do Arizona (2008). Atualmente é aluno do curso de Doutorado em Sensoriamento Remoto do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Tem experiência na área de geociências com ênfase em sensoriamento remoto aplicado à geomorfologia.

Mário Luis ASSINE, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Instituto de Geociências e Ciências Exatas de Rio Claro, Departamento de Geologia Aplicada.

Mario Luis Assine graduou-se em Geologia pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) em 1979. Atuou como geólogo na Petrobrás (1980-1981), no IPT (1982-1985) e na Construtora Andrade Gutierrez (1985-1986). De 1987 a 1997 exerceu o cargo de professor do Departamento de Geologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Obteve título de Mestre em Geologia Regional pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) em 1990 e de Doutor em Geociências (Geologia Sedimentar) pela Universidade de São Paulo (USP) em 1996. Desde 1997 é docente do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Universidade Estadual Paulista (Unesp), instituição na qual exerce a função de professor adjunto desde 2003, quando obteve o título de Professor Livre-Docente em Estratigrafia e Sedimentação. Integra os corpos consultivos de periódicos nacionais na área das Geociências, tais como a Revista Brasileira de Geociências, a Revista Brasileira de Geomorfologia e o Boletim Paranaense de Geociências. Atua, desde 1999, como orientador em programas de pós-graduação em geociências, sendo atualmente lider do grupo de pesquisa "Geologia Aplicada a Recursos Hídricos e Energéticos". Destaca-se, dentre suas atuais linhas de pesquisa, a análise de bacias sedimentares (Araripe, Paraná, Campos e Santos) e o estudo da geologia do Quaternário (Pantanal Mato-Grossense, litoral sul-sudeste do Brasil

Aguinaldo SILVA, Departamento de Ciências do Ambiente – DAM, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, UFMS/ Campus do Pantanal.

Graduado em Geografia pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2002) mestrado em Geografia (Analise Ambiental e Regional) pela Universidade Estadual de Maringá (2006). Atualmente é professor assistente do Departamento de Ciências do Ambiente - UFMS-CPAN e doutorando em Geociências e Meio Ambiente pela Universidade Estadual Paulista (Unesp-Rio Claro) tendo como objeto de pesquisa a "Geomorfologia Fluvial do Leque do Paraguai, Borda Norte do Pantanal Mato-Grossense na região de Cáceres-MT. Membro do corpo editorial da Revista Geográfica Acadêmica (UFG). Tem experiência na área de Geociências, atuando principalmente nos seguintes temas: Geografia Fisica, Geomorfologia Fluvial, Pantanal Mato-Grossense, ;Degradação Ambiental, Mudanças Ambientais.

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