ANÁLISE MORFOTECTÔNICA DA BACIA DO RIO SANTO ANASTÁCIO, SP, ATRAVÉS DE PARÂMETROS FLUVIOMORFOMÉTRICOS E DE REGISTROS PALEOSSÍSMICOS

Autores

  • Ivan Claudio Guedes Universidade Guarulhos
  • Mario Lincoln de Carlos ETCHEBEHERE Centro de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão / CEPPE, Universidade Guarulhos
  • Norberto MORALES Departamento de Petrologia e Metalogenia, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, UNESP/Campus Rio Claro
  • José Cândido STEVAUX Universidade Estadual de Maringá, Grupo de Estudos Multidisciplinares do Ambiente/GEMA.
  • Gisele de Cássia SANTONI Bacharel em Geologia, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, UNESP/Campus Rio Claro.

Palavras-chave:

neotectônica, paleossimologia, bacia do rio Santo Anastácio, morfometria fluvial.

Resumo

Registros morfométricos das drenagens tem se mostrado de grande valia no que concerne aos estudos empregados para detecção de deformações neotectônicas, uma vez que os cursos d’água tendem a se ajustar rapidamente às deformações crustais, mesmo ante aquelas mais sutis, representando um dos principais agentes de modelagem do relevo. Esta característica os tornam importantes para os estudos envolvendo a neotectônica. O propósito deste artigo é apresentar a aplicação dos Perfis Longitudinais das Drenagens, o índice RDE (Relação Declividade vs. Extensão) e a análise da sinuosidade do rio Santo Anastácio, com o objetivo de delinear áreas sujeitas a deformações neotectônicas. Adicionalmente, também são apresentadas as estruturas de liquefação (sismitos) identificadas na bacia do rio Santo Anastácio como fortes indicadores de atividade neotectônica. Considerando que as estruturas de liquefação afetam camadas de argila escura (32.340+320 anos A.P. por datação 14C), entende-se que o eventual sismo que as tenha gerado teria ocorrido aquém de tal data. A bacia do rio Santo Anastácio está inserida no contexto do Planalto Ocidental Paulista e apresenta um substrato rochoso cretáceo abarcando os grupos Caiuá e Bauru e sedimentos cenozóicos. O entendimento da neotectônica nesta área faz-se de suma importância para avaliação do risco sísmico, para planejamento territorial, e para o entendimento da história evolutiva da paisagem nesta porção do território paulista. Palavras-chave: neotectônica, paleossimologia, bacia do rio Santo Anastácio, morfometria fluvial.

Biografia do Autor

Ivan Claudio Guedes, Universidade Guarulhos

Possui graduação em Geografia pela Universidade Guarulhos (2004) e Pedagogia pela Universidade Nove de Julho (2009). Pós graduação em Gestão Ambiental pela Faculdade Pe. João Bagozzi - Curitiba-Pr (2006). Mestrado em Geociências pela Universidade Guarulhos (2008). Atualmente é doutorando em Geologia Regional na Universidade Estadual Paulista (UNESP). Tem experiência na área da Educação, Geografia Física e Geologia, atuando principalmente nos seguintes temas: metodologia de ensino, pesquisa científica, didática, educação ambiental, estudo do meio, avaliação de impactos ambientais, geomorfologia, análises fluvio-morfométricas, neotectônica e paleossismologia. Atualmente é Docente nas Faculdades Integradas Torricelli (Guarulhos-SP) no curso de Pedagogia e Docente na Rede Pública Estadual de São Paulo. Também é pesquisador-colaborador na Universidade Guarulhos atuando junto ao programa de Mestrado em Análise Geoambiental.

Mario Lincoln de Carlos ETCHEBEHERE, Centro de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão / CEPPE, Universidade Guarulhos

Possui graduação em Geologia pela Universidade Estadual Paulista - UNESP (1979), mestrado em Geologia Regional pela Universidade Estadual Paulista - UNESP (1990) e doutorado em Geologia Regional pela Universidade Estadual Paulista - UNESP (2000). Atualmente é coordenador do Comitê de Pesquisa - CP da Universidade Guarulhos, membro do Comitê de Ética em Pesquisa - CEP da Universidade Guarulhos, coordenador do PIBIC-CNPq/UnG - cota Universidade Guarulhos; editor-adjunto da Revista UnG - Geociências, docente e pesquisador do Centro de Pós-graduação e Pesquisa - CEPPE da Universidade Guarulhos - UnG. É lider do Grupo de Pesquisa "Análises Ambientais". Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geologia Regional, atuando principalmente nos seguintes temas: neotectônica, paleossismologia, exploração mineral, morfometria fluvial e análises geoambientais.

Norberto MORALES, Departamento de Petrologia e Metalogenia, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, UNESP/Campus Rio Claro

orberto Morales possui graduação em Geologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1979), mestrado em Geociências (Geoquímica e Geotectônica) pela Universidade de São Paulo (1988) e doutorado em Geologia Regional pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1993). Atualmente é professor adjunto no Curso de Geologia da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geologia Estrutural e Geotectônica, atuando principalmente nos seguintes temas: neotectônica, zonas de cisalhamento, falhas e morfotectônica. É docente e atual Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Geologia Regional do IGCE-UNESP, tendo já orientado 5 mestrados e 7 doutorados.

José Cândido STEVAUX, Universidade Estadual de Maringá, Grupo de Estudos Multidisciplinares do Ambiente/GEMA.

Graduação em Geologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1976), mestrado (1986) e doutorado (1994) em Geociências pela Universidade de São Paulo (1986), pós-doutorado no CECO/ Universidade Federal do RS (1998), Krasnoyarsk State University, Rússia (1998) e na Universidad Nacioanla de La Plata, Argentina (2007-2008). Atualmente é professor associado da Universidade Estadual de Maringá. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geomorfologia, atuando principalmente nos seguintes temas: geomorfologia, hidrologia e sedimentologia fluvial, Geologia do Quaternário, Geologia Ambiental. Coordena o IGCP 582 "Tropical rivers: hydro-physical processes, impacts, hazards and management". Em 2007 seu artigo "Tropical Rivers" em co-autoria com Latrubesse & Sinha publicado em Geomorphology 2005, 70(3-4):187 - 206, foi classificado pelo Science Direct "TOP25 Hotest Articles" entre os 25 artigos mais consultados daquele periódico. É coordenador da Central e Mudanças Globais UEM/FINEP Foto: Expedição no rio Mekong, Rep. Popular do Laos, 2000.

Gisele de Cássia SANTONI, Bacharel em Geologia, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, UNESP/Campus Rio Claro.

Bacharel em Geologia, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, UNESP/Campus Rio Claro. Avenida 24-A, 1515 – Bela Vista. CEP 13506-900. Rio Claro, SP. Endereço eletrônico: gsantoni@rc.unesp.br

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