Variáveis cardiovasculares durante e após a prática do VÍDEO GAME ativo “Dance Dance Revolution” e televisão

Autores

  • Suliane Beatriz Rauber Universidade Católica de Brasília, Taguatinga, DF
  • Ferdinando Oliveira Carvalho Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE
  • Iorrany Raquel Castro Sousa Universidade Católica de Brasília, Taguatinga, DF
  • Rafaello Pinheiro Mazzoccante Universidade Católica de Brasília, Taguatinga, DF
  • Carolina Belfort Sousa Franco Universidade Católica de Brasília, Taguatinga, DF
  • Darlan Lopes de Farias Universidade Católica de Brasília, Taguatinga, DF
  • Maritza Alves de Sousa Coura Universidade Católica de Brasília, Taguatinga, DF
  • Herbert Gustavo Simões Universidade Católica de Brasília, Taguatinga, DF
  • Carmen Silvia Grubert Campbell Universidade Católica de Brasília, Taguatinga, DF

DOI:

https://doi.org/10.5016/4057

Palavras-chave:

Crianças. Respostas cardiovasculares. Vídeo game ativo.

Resumo

As doenças cardiovasculares (DCVs) estão entre as principais causas de morte no mundo e os processos patológicos associados com o seu desenvolvimento têm início na infância. O objetivo do estudo foi analisar e comparar as respostas de variáveis cardiovasculares durante e após a prática de vídeo game interativo e televisão. A amostra foi composta de oito crianças saudáveis (9,8 ± 0,5 anos; 30,1 ± 3,4kg; 133,3 ± 13,6 cm; 17,4 ± 4,7 kg/m2). O estudo consistiu de três sessões das quais a 1ª destinou-se a avaliação antropométrica e familiarização (FAM) com os equipamentos e o laboratório, e as demais sessões foram realizadas em ordem randomizada, sendo 30 minutos de Dance Dance Revolution (DDR), nível iniciante; e 30 minutos de televisão (TV) em que dois desenhos infantis (Ben 10 e Bob Esponja) foram apresentados. Durante as sessões foram aferidas a freqüência cardíaca (FC), Pressão Arterial Sistólica (PAS) e Pressão Arterial Diastólica (PAD) aos 10 minutos de repouso sentado, bem como aos 10, 20 e 30min de atividade (DDR ou TV) e aos 2, 10, 20, 30 e 40 min após finalização das atividades. Para a análise estatística foi verificada a distribuição normal dos dados pelo teste de Kolgomorov-Smirnov, ANOVA one-way, com Post Hoc de Scheffé para comparação entre sessões e ANOVA para medidas repetidas na comparação entre os momentos de cada sessão que foram testados. O nível de significância adotado foi p≤0,05 (ESTATÍSTICA 6.0). Aumento significativo dos valores de FC, PAS e PAM durante o DDR (30 min: 110 bpm, 116 e 89 mmHg) foram observados quando comparados com a TV (30 min: 86 bpm, 102 e 70 mmHg) respectivamente. Foi observada uma tendência de queda da FC e PAS aos 40 min de recuperação após sessão DDR, bem como uma tendência de elevação da FC, PAS, PAD e PAM após TV quando comparadas ao repouso, porém estas não foram significantes (p>0,05).. Concluímos que o vídeo game interativo DDR pode ser uma alternativa interessante para aumentar o nível de atividade física, podendo trazer benefícios cardiovasculares pós-exercício. Caso estes valores de PAS se mantenham inferiores nessas crianças ao longo do dia, podemos considerar o uso desse instrumento na proteção cardiovascular durante a infância, podendo impactar positivamente na atenuação de eventos cardiovasculares na idade adulta futura, o que seria muito importante para a saúde pública.

Biografia do Autor

Suliane Beatriz Rauber, Universidade Católica de Brasília, Taguatinga, DF

Licenciatura e Bacharel em Educação Física pela Universidade Católica de Brasília - UCB. Bolsista PIBIC/CNPq por 2 anos. Participa do Grupo de Estudos do Desempenho Humano e das Respostas Fisiológicas ao Exercício. Desde 2008 integra a equipe do Projeto de extensão Doce Desafio da Universidade de Brasília.

Ferdinando Oliveira Carvalho, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE

Colegiado de Educação Física - CEFIS Atuava nas disciplinas de História e Bases Fundamentais da Educação Física, Handebol, Núcleo de Práticas Desportivas, Didática da Educação Física, dentre outras. É professor da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF) a partir de 08/2010 e atua nas disciplinas de crescimento e desenvolvimento do ser humano, Medidas e Avaliação e Musculação. Atualmente estuda o treinamento com pesos e a composição corporal. Tem experiência com Testes Motores, Escolares, Avaliação Física em Academias, Musculação, Fisiologia do Exercício, Genética, Composição Corporal, Antropometria. Grande parte da sua vida acadêmica é destinada à grupo de estudo, no qual é integrante do Grupo de Estudo e Pesquisa em Metabolismo, Nutrição e Exercício (GEPEMENE). Atualmente é líder do Grupo de Estudo e Pesquisa em Genética e Exercício (GEPEGENE).

Rafaello Pinheiro Mazzoccante, Universidade Católica de Brasília, Taguatinga, DF

Graduado e Licenciado em Educação Física (2011) pela Universidade Católica de Brasília. Integrante do grupo de estudos de Desempenho Humano e das Respostas Fisiológicas ao Exercício. Atualmente cursando Mestrado em Educação Física pela Universidade Católica de Brasília

Carolina Belfort Sousa Franco, Universidade Católica de Brasília, Taguatinga, DF

Graduação em andamento em Educação Física, Universidade Católica de Brasília, UCB-DF, Brasil.

Darlan Lopes de Farias, Universidade Católica de Brasília, Taguatinga, DF

graduação em Educação Física pela Universidade Católica de Brasília(2006) e Mestrado em Educação Física (Bolsista Capes Prosup - Modalidade II - 2012 a 2013) pela Universidade Católica de Brasília (2013). Revisor de periódico da International Journal of Exercise Science e do periódico da Science Asia. Tem experiência na área de Educação Física. Atuando principalmente nos seguintes temas: Treinamento de força para grupos especiais (Idosos, Hipertensos, Diabéticos, Fibromialgicos, Portadores de Câncer, Pessoas vivendo com HIV, Osteoartrite).

Maritza Alves de Sousa Coura, Universidade Católica de Brasília, Taguatinga, DF

graduação em Educação Física pela Faculdade Alvorada de Educação Físicia e Desporto (2005), especialização em Musculação pela Universidade do Grande Rio (2007) e mestrado em Educação Física e Saúde pela Universidade Católica de Brasília (2011). É integrante do grupo de estudos em Desempenho Humano e das Respostas Fisiológicas do Exercício. Possue experiência na área da Educação Física com ênfase em Fisiologia do exercício. Ministra aula no curso e na pós-graduação em Educação Física.

Herbert Gustavo Simões, Universidade Católica de Brasília, Taguatinga, DF

Atualmente é Diretor do Programa de Mestrado e Doutorado em Educação Física da Universidade Católica de Brasília e Bolsista de Produtividade em Pesquisa "PQ1-D" do CNPq. Tem experiência na área de Fisiologia Humana Geral e Fisiologia do Exercício, com ênfase em Avaliação Funcional e Respostas Glicêmicas e Hemodinâmicas ao Exercício. Atua principalmente nos seguintes temas: Efeitos hipotensores e hipoglicemiantes do exercício; Avaliação funcional a partir das respostas do lactato sanguíneo, glicemia e de variáveis ventilatórias em atletas e não-atletas, bem como em populações especiais (diabéticos, idosos, obesos e hipertensos).

Carmen Silvia Grubert Campbell, Universidade Católica de Brasília, Taguatinga, DF

Atualmente é Professora da Graduação em Educação Física na disciplina "Crescimento e Desenvolvimento Humano"; Professora, orientadora e pesquisadora do Programa de Mestrado e Doutorado em Educação Física da Universidade Católica de Brasília (UCB); Coordenadora do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Educação Física Escolar (UCB) e Coordenadora do Laboratório de Estudos em Educação Física e Saúde (LEEFS-UCB). Atua nas linhas de pesquisa: avaliação física, antropométrica e da pressão arterial para a prevenção de doenças crônico não transmissíveis em crianças; efeito de atividades físicas infantis sobre o desempenho escolar, variáveis cognitivas, metabólicas e ventilatórias em crianças; avaliação funcional, efeito do exercício físico sobre a glicemia e pressão arterial em indivíduos saudáveis e em portadores de diabetes e hipertensão arterial; polimorfismo do gene da ECA em portadores de diabetes tipo 2; efeito do exercício físico agudo e crônico sobre a glicemia, o endotélio vascular e PA em camundongos transgênicos ob/ob.

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Publicado

2013-05-06

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