Efeito do treinamento físico moderado e intenso sobre os mecanismos de defesa de ratos adultos

Autores

  • Glívia Maria Barros Delmondes Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE
  • Danielly Cantarelli de Oliveira Centro de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE
  • Patrícia Clara Pereira dos Santos Departamento de Fisioterapia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE
  • Marcelo Tavares Viana Departamento de Pós-Graduação em Nutrição, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE
  • Maria do Socorro Brasileiro Santos UFPB
  • Célia Maria Machado Barbosa de Castro Departamento de Medicina Tropical, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE
  • Maria do Amparo Andrade Departamento de Fisioterapia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE

DOI:

https://doi.org/10.5016/4144

Palavras-chave:

Exercício físico. Leucócitos. Fagocitose. óxido nítrico

Resumo

Objetivo: Analisou-se o impacto do treinamento físico moderado (TFM) e intenso (TFI) sobre o perfil leucocitário e a atividade microbicida de macrófagos alveolares, em 29 ratos machos Wistar. Métodos: Foram formados três grupos: controle-sedentário (CS), treino-moderado (TM) e treino-intenso (TI). Os TFM e TFI foram efetuados através da natação, com aumento progressivo de carga conforme o peso corporal, até um máximo de 3% para o TFM, e 5% para o TFI. As coletas de sangue para contagem total e diferencial dos leucócitos foram automatizadas através do analisador hematológico Sysmex XT- 1800i (Roche®) antes e após o treino. E ao final realizou-se o lavado broncoalveolar para determinar a taxa de fagocitose e a produção de óxido nítrico (ON) de macrófagos. Resultados: O grupo TM apresentou valores maiores para o número de leucócitos (12,77±2,0 x 17,25±2,4 10³/mm³), linfócitos (8,87±1,0 x 12,5±2,1 10³/mm³) e neutrófilos (0,99±0,5 x 3,18±1,0 10³/mm³), p<0,05. Apresentou também uma maior produção de ON (15,77±4,9µmols/mL) e da taxa de fagocitose (38,6%±8,65) em relação ao CS (6,58±1,9µmols/mL e 24,4%±7,40, respectivamente). Enquanto que, o grupo TI apresentou menor taxa de fagocitose (13,1%±1,52 x 24,4%±7,40), maior produção de ON (38,40± 2,1x 6,58±1,9 µmols/mL) e aumento apenas, no valor dos neutrófilos (2,6±1,4x 0,99±0,5 10³/mm³) quando comparado ao CS, p<0,001. Conclusões: O TFM proporcionou melhora nos mecanismos de defesa dos animais adultos. Enquanto que o TFI reduziu a taxa de fagocitose o que poderá implicar em prejuízo da atividade microbicida dos animais.

Biografia do Autor

Glívia Maria Barros Delmondes, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE

graduação em Fisioterapia (2006) e Mestrado em Patologia (2009) pela Universidade Federal de Pernambuco. Atualmente é Fisioterapeuta e Coordenadora do serviço de Fisioterapia do Hospital Santo Amaro. Tem experiência na área de Fisiologia Humana, Histologia, Anatomia, Terapia Intensiva, Reabilitação Cardiovascular e Pulmonar, e Treinamento Físico.

Danielly Cantarelli de Oliveira, Centro de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE

Graduada em Biomedicina pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), atualmente é Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), atuando principalmente nas seguintes áreas: Imunologia, Bacteriologia, Parasitologia e Nutrição. Possui experiência nas áreas de Treinamento Físico e Diferenciação de células-tronco mesenquimais da medula óssea.

Patrícia Clara Pereira dos Santos, Departamento de Fisioterapia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE

Mestre em Fisioterapia pela Universidade Federal da Pernambuco (2012). Graduada em fisioterapia pela Universidade Federal de Pernambuco. Tem experiência na área de Fisioterapia.

Marcelo Tavares Viana, Departamento de Pós-Graduação em Nutrição, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE

graduado em Licenciatura Plena em Educação Física (1996) com Especialização em Avaliação da Performance Humana pela Universidade de Pernambuco - UPE (1998), Mestrado em Biometria pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2003) e o Doutorado em Nutrição pela Universidade Federal de Pernambuco (2009). É componente do grupo de pesquisa em Desenvolvimento Embrionário do Departamento de Histologia da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE e Professor Colaborador do Programa de Pós Graduação em Neuropsiquiatria - Nível Mestrado e Doutorado da referida Universidade. Professor da Associação Caruaruense de Ensino Superior - ASCES - Caruaru - PE, da Faculdade Boa Viagem - FBV e da Faculdade Guararapes. Tem experiência na área de ensino e pesquisa em Bioestatística, Metodologia da Pesquisa Científica, Fisiologia Humana e do Exercício, Teoria e Metodologia de Práticas em Academia, Composição Corporal, Desnutrição experimental, Nutrição Esportiva, Sistema Imune e Estresse Físico.

Maria do Socorro Brasileiro Santos, UFPB

Graduada pela Universidade Federal da Paraíba (1994), mestrado em Ciências Biológicas (Fisiologia) pela Universidade Federal de Pernambuco -UFPE (2000) e doutorado em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo (2004). Foi docente do Curso de graduação em Fisioterapia da UFPE, atualmente é professora adjunto do Departamento de Educação Física da Universidade Federal da Paraíba. Tem realizado pesquisas nas linhas de investigação que envolvam o controle cardiovascular e respiratório, atividade mioelétrica, postura e fisiologia do exercício.

Maria do Amparo Andrade, Departamento de Fisioterapia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE

graduação em FISIOTERAPIA pela Universidade Federal de Pernambuco (1990), graduação em Fonoaudiologia pela Universidade Católica de Pernambuco (1990), Mestrado em Ciências Biológicas (Fisiologia) pelo Centro de Ciências Biológicas (1995) e Doutorado em Enfermidades Tropicais - Universidade de Salamanca -Espanha (2005). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal de Pernambuco e pesquisadora do Centro de pesquisas Ageu Magalhães. Tem experiência na área de Fisioterapia, Fisiologia cardio vascular, imunologia, parasitologia, com ênfase, principalmente nos seguintes temas: Atividade física e resposta imune, doenças infecciosas e oxido nítrico, cultivos celulares e macrófagos alveolares.

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Publicado

2012-12-12

Edição

Seção

Artigo Original