Usando um acelerômetro para analisar o movimento de alcance e e preensão após o AVE.

Autores

  • Stella Maris Michaelsen Centro de Educação Física e Desportos, Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianopolis, SC
  • Raquel Pinheiro Gomes Centro de Ciências da Saúde e do Esporte (CEFID), Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Florianópoli, SC
  • Aline Perão Marques Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Florianópolis, SC
  • Letícia Cardoso Rodrigues Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) – Florianópolis, SC
  • Noé Gomes Borges Junior Laboratorio de Instrumentação, Centro de Educação Física Fisioterapia e Desportos, Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianopolis, SC
  • Renato Claudino Centro de Ciências da Saúde e do Esporte (CEFID) from Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Florianópolis, SC
  • Márcio José dos Santos Centro de Educação Física e Desportos, Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, SC

DOI:

https://doi.org/10.5016/6849

Palavras-chave:

Cinemática. Movimento. Membro superior. Hemiparesia.

Resumo

O objetivo deste estudo foi usar um acelerometro para avaliar a cinemática do movimento de alcance e preensão de indivíduos com hemiparesia. Participaram deste estudo oito indivíduos (59,4 ± 6,9 anos) com hemiparesia crônica (50,9 ± 25,8 meses pós-AVE). A avaliação cinemática foi realizada através de acelerômetro triaxial (EMG Systems do Brasil) fixado no antebraço. Os indivíduos realizaram 10 movimentos de alcançar uma garrafa de 500 ml pelo membro superior (MS) parético e não parético. As seguintes variáveis espaço-temporais foram calculadas e utilizadas para comparar o MS parético e não parético: tempo de movimento (TM), tempo para alcançar o pico de velocidade, absoluto e relativo (TPV e TPV%TM), duração relativa da desaceleração(DEC%TM), tempo para alcançar o pico de aceleração (TPA) e pico de aceleração da mão (PA). Os movimentos foram mais lentos no MS parético com maiores TM, TPA e DEC. A utilização do acelerômetro permitiu identificar alterações no movimento de alcance em indivíduos com hemiparesia. Quando sistemas mais compexos não são disponiveis, acelerometros podem ser uma alternativa para medir o movimento do MS.

Biografia do Autor

Stella Maris Michaelsen, Centro de Educação Física e Desportos, Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianopolis, SC

formada em Fisioterapia pela Universidade Federal de Santa Maria - RS. Obteve o Diploma de Estudos Aprofundados (DEA) em Biomecânica e Fisiologia do Movimento pela Universidade de Paris XI na França. Obteve seu doutorado (PhD) em Ciências Biomédicas com opção em Reabilitação na Universidade de Montreal no Canadá. Durante o doutorado trabalhou no laboratório de Controle Motor do Instituto de Reabilitação de Montreal. Completou o pos-doutorado na Universidade de Sydney, Australia. Atualmente é professora da disciplina de Fisioterapia Neurológica da graduação em Fisioterapia da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). É também professora da disciplina Controle Motor e professora orientadora do Mestrado e Doutorado em Ciências do Movimento Humano e vice-coordenadora do Mestrado em Fisioterapia no Centro de Ciências da Saúde e do Esporte (CEFID) da UDESC. Suas principais pesquisas envolvem: 1) efeito de restrições ambientais ou da tarefa na coordenação da marcha e de outras tarefas de mobilidade (como levantar a partir de sentado e subida/descida de escadas e ultrapassagem de obstaculos) e 2) Avaliação dos membros superiores e efeito de diferentes abordagens de tratamento visando a recuperação da atividade de pessoas com hemiparesia.

Raquel Pinheiro Gomes, Centro de Ciências da Saúde e do Esporte (CEFID), Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Florianópoli, SC

Graduada em Fisioterapia pela Universidade de Fortaleza (2001). Mestre em Ciências do Movimento Humano pela Universidade do Estado de Santa Catarina- UDESC (2008). Tem experiência na área de Fisioterapia em adultos e idosos, com ênfase em Fisioterapia Neurológica, Reumatológica e Geriátrica.

Aline Perão Marques, Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Florianópolis, SC

Physiotherapist, Centro de Ciências da Saúde e do Esporte (CEFID) - Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) –Florianópolis (SC) Fisioterapeuta, Centro de Ciências da Saúde e do Esporte (CEFID) - Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) –Florianópolis (SC)

Letícia Cardoso Rodrigues, Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) – Florianópolis, SC

Graduada em Fisioterapia pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), especialista em Fisioterapia aplicada à Neurologia Adulto pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e Mestre em Ciências do Movimento Humano (UDESC). Tem experiência na área de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, com ênfase em Fisioterapia Neurológica.

Noé Gomes Borges Junior, Laboratorio de Instrumentação, Centro de Educação Física Fisioterapia e Desportos, Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianopolis, SC

Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Santa Maria(1982), mestrado em Ciência do Movimento Humano pela Universidade Federal de Santa Maria(1991), doutorado em Biophysique Electrophysiologie pela Université D'auvergne Clermont I(1995) e pós-doutorado pela Université Blaise Pascal(2005). Atualmente é Professor Associado da Universidade do Estado de Santa Catarina e Revisor de periódico da Fisioterapia e Pesquisa. Tem experiência na área de Engenharia Elétrica, com ênfase em Medidas Elétricas, Magnéticas e Eletrônicas; Instrumentação. Atuando principalmente nos seguintes temas:Potentiel évoqué visuel, Photostimulation en damier, Electrodes cutanées.

Renato Claudino, Centro de Ciências da Saúde e do Esporte (CEFID) from Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Florianópolis, SC

FISIOTERAPIA pela Universidade do Vale do Itajaí (2005) e mestrado em Ciências do Movimento Humano pela Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC em 2012. Atualmente é professor adjunto III do CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO DE SA DE SANTA CATARINA, professor titular - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - SC. Tem experiência na área de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, com ênfase em Fisioterapia e Terapia Ocupacional, atuando principalmente nos seguintes temas: inflamação, idosos institucionalizados, crioterapia, osteoartrose e geriatria, controle motor.

Márcio José dos Santos, Centro de Educação Física e Desportos, Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, SC

Fisioterapia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina, PR, Brasil. Obteve o título de Mestre em Fisiologia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, SP, Brasil. Antes de ingressar no doutorado, Dr. Marcio Santos trabalhou vários anos como fisioterapeuta responsável em duas grandes clínicas de fisioterapia no Brasil ao mesmo tempo em que participou de cursos de aprimoramento em terapias manuais. Nessas atividades ele adquiriu vasta experiência clínica no tratamento fisioterapêutico de pacientes com disfunções ortopédicas e neurológicas. Trabalhou também vários anos como professor no Departamento de Fisioterapia da Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP), Ribeirão Preto, SP, Brasil. Através do seu envolvimento na área acadêmica, desenvolveu grande interesse em pesquisa na área de reabilitação motora. Dr. Marcio Santos obteve o seu doutorado (Ph.D.) em Ciências da Reabilitação no Departamento de Fisioterapia da University of Kansas Medical Center (KUMC), Kansas City, KS, EUA, como bolsista do CNPq. Após o doutorado, ele permaneceu nos EUA por mais dois anos e seis meses como pós-doutorando associado no Knecht Movement Science Laboratory pertencente ao Departamento de Fisioterapia da University of Illinois at Chicago (UIC), Chicago, IL, EUA. Atualmente, Dr. Marcio Santos é professor efetivo no Departamento de Fisioterapia da Universidade Estadual de Santa Catarina (UDESC). Ele também é credenciado como professor e orientador nos programas de Mestrado em Ciências do Movimento Humano e Fisioterapia no Centro de Ciências da Saúde e do Esporte (CEFID) da UDESC. Dr. Marcio Santos é autor e co-autor de mais de 20 artigos científicos internacionais indexados no PubMed/MedLine; suas pesquisas envolvem o controle da postura, do movimento e das forças de preensão em indivíduos saudáveis e em pacientes com disfunções músculo-esqueléticas e neurológicas.

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Publicado

2013-11-25

Edição

Seção

Artigo Original