Impacto agudo do alongamento estático sobre a altura ideal de queda no salto em profundidade.

Autores

  • Leonardo Pasqua Departamento de Esporte, Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo (USP ), São Paulo, SP
  • Nilo Massaru Okuno Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo (USP ), São Paulo, SP
  • Mayara Vieira Damasceno Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo (USP ), São Paulo, SP
  • Adriano Eduardo Lima-Silva Faculdadde de Nutrição, Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Maceió, AL
  • Rômulo Bertuzzi Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo (USP ), São Paulo, SP

DOI:

https://doi.org/10.5016/6874

Palavras-chave:

potência muscular, desempenho de salto, altura de queda, alongamento.

Resumo

O presente estudo analisou o efeito do alongamento estático sobre o desempenho no salto em profundidade. Adicionalmente, foi investigada a redução na altura de queda poderia compensar as alterações causadas pelo alongamento prévio. Dez homens fisicamente ativos realizaram o salto em profundidade em quatro alturas de queda diferentes sem alongamento estático prévio, para determinação da altura de queda ideal, em duas alturas com o alongamento prévio. A altura de salto, o tempo de contato e o índice de força reativa foram significativamente afetados pelo alongamento estático. Contudo, apenas o tempo de contato foi significativamente melhorado com a redução na altura de queda do salto após o alongamento. Nossos resultados sugerem que a diminuição no desempenho após o alongamento pode ser parcialmente compensada com uma redução na altura de queda, diminuindo o tempo de contato para valores próximos ao salto sem alongamento prévio. Isso pode ser explicado pelo menor velocidade de aterrissagem e, possivelmente, pela menor redução na ativação dos músculos flexores plantares. Assim, a diminuição na altura de queda parece ser interessante após a realização do alongamento estático, visando submeter os atletas a menores forças de impacto e manter o desempenho do salto.

Biografia do Autor

Leonardo Pasqua, Departamento de Esporte, Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo (USP ), São Paulo, SP

Experiência na área de Educação Física e Esporte. Atualmente, atuo em pesquisas relacionadas a genética e fisiologia do exercício aplicadas ao treinamento e desempenho esportivo na Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo. Membro do Grupo de Estudos em Desempenho Aeróbio - GEDAE. Me interesso, atualmente, pelos seguintes temas: genética, qualidade de vida, treinamento e desempenho esportivo; variáveis relacionadas ao desempenho aeróbio; treinamento esportivo em diferentes modalidades com ênfase bioenergética.

Nilo Massaru Okuno, Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo (USP ), São Paulo, SP

graduação em Licenciatura em Educação Física pela Universidade Estadual de Londrina, mestrado pelo programa de pós-graduação associado em Educação Física UEM/UEL e doutorado em Ciência na área de Educação Física pela Universidade de São Paulo. Atua na área de Fisiologia do Exercício e Treinamento, especificamente nos seguintes temas: técnicas de avaliação aeróbia e anaeróbia, respostas psicofisiológicas do exercício físico, treinamento de força, potencialização pós-ativação e exercício intermitente.

Mayara Vieira Damasceno, Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo (USP ), São Paulo, SP

graduação em Educação Fisica Bacharelado pela Universidade Federal de Alagoas (2009). Atualmente cursa o programa de Doutorado na Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo na área de concentração Biodinâmica do Movimento Humano. Faz parte do Grupo de Estudos em Desempenho Aeróbio - GEDAE.

Adriano Eduardo Lima-Silva, Faculdadde de Nutrição, Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Maceió, AL

Educação Fisica, com mestrado em Ciências do Movimento Humano pela Universidade do Estado de Santa Catarina (2005) e doutorado em Biodinâmica do Movimento Humano pela Universidade de São Paulo (2009). Foi professor Adjunto da Faculdade de Nutrição da Universidade Federal da Alagoas (UFAL), atuando nos cursos de graduação (nutrição) e pós-graduação (mestrado em nutrição) de 2008 a 2013. Coordenou o programa de mestrado em Nutrição da UFAL de 2011 a 2012 e foi responsável institucional pelo convênio entre a Universidade Federal de Alagoas e a Universidade de Victoria-Australia. Em 2011 recebeu o prêmio Endeavour Research Fellowship do governo Australiano, um dos mais concorridos na Australia e no mundo. Em 2013, foi transferido para a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Rômulo Bertuzzi, Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo (USP ), São Paulo, SP

Docente e pesquisador do Departamento de Esporte da Universidade de São Paulo (EEFE-USP). No mestrado reestruturou um modelo matemático proposto no início do século passado para a determinação da contribuição dos metabolismos energéticos em diversos esportes, o qual teve a sua aplicabilidade destacada pela revista Science na edição de março de 2012. Sua tese de doutorado intitulada Estimativa dos Metabolismos Anaeróbios no Déficit Máximo Acumulado de Oxigênio adotou o mesmo modelo matemático utilizado na determinação da contribuição dos metabolismos energéticos e foi laureada com o prêmio CAPES de Teses de 2008. Em 2011 foi professor visitante do Institute of Sport, Exercise and Active Living of the Victoria University (Melbourne, Austrália), pelo grupo de pesquisa liderado pelo professor David Bishop. No primeiro pós-doutorado investigou o impacto do treinamento de força realizado com ou sem o uso da plataforma vibratória sobre os parâmetros neuromusculares e no metabolismo energético de atletas corredores de provas de longas distâncias (FAPESP: 08-50934-1). No segundo pós-doutorado está investigando o impacto dos polimorfismos do gene COL5A1 sobre a economia de corrida (CAPES: 23038.000486/2011-15). Atualmente tem interesse na compreensão dos fatores fisiológicos e genéticos que determinam os componentes da aptidão aeróbia, bem como a avaliação e a prescrição dos diferentes métodos de treinamento que são capazes de influenciá-la.

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Publicado

2014-03-19

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