ESPAÇO URBANO E SEGREGAÇÃO SOCIOESPACIAL: UMA ANÁLISE DA REPRESENTAÇÃO DA VIOLÊNCIA NA MÍDIA IMPRESSA EM CAMPOS DOS GOYTACAZES

Autores

  • Nágila da Silva Ferreira Souza Universidade Federal Flumininse
  • Silvana Cristina da Silva Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.5016/estgeo.v18i0.13334

Resumo

O medo da violência criminosa tem se tornado frequente entre os citadinos, seja pelo aumento da violência real, seja em razão do aumento da sensação da violência criminosa, no qual o discurso midiático tem grande responsabilidade. Nesse sentido, buscamos analisar a representação da violência em Campos dos Goytacazes e a relação desse discurso com a expansão dos condomínios residenciais fechados, especialmente para as elites e para a classe média. A difusão desses residenciais na cidade conecta-se ao medo do aumento da violência criminosa. A análise apontou que o discurso midiático é um componente da segregação ao classificar e estigmatizar bairros e regiões da cidade como violentos. Assim, a violência representada pela mídia impressa porta uma dimensão simbólica da segregação do espaço urbano, ou seja, parte da cidade é segregada por não receber adequadamente políticas públicas, mas também pelos discursos de estigmatização de bairros.

Biografia do Autor

Nágila da Silva Ferreira Souza, Universidade Federal Flumininse

Graduada em Geografia pela UFF/Bolsista de Desenvolvimento Acadêmico 2015-2018.

Silvana Cristina da Silva, Universidade Federal Fluminense

Possui graduação em Geografia (Licenciatura e bacharelado) pela Universidade Estadual de Campinas (2004), mestrado e doutorado pela mesma universidade. Foi pesquisadora visitante da Universidade Complutense de Madrid entre 2009 e 2010. Atualmente é professora da Universidade Federal Fluminense (UFF-Campos). Coordena o Grupo de Pesquisa "Território e Cidades" e desenvolve trabalhos na áreas de Geografia Humana (Geografia Política e Geografia Urbana) com as seguintes temáticas: fronteiras internas do território, novos municípios; urbanização do front agrícola do território brasileiro, dois circuitos da economia urbana (circuito superior e inferior) e circuitos espaciais de produção.

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Publicado

2020-04-30

Edição

Seção

Artigos