O DESASTRE NA/DA BACIA DO RIO DOCE: VIOLÊNCIAS E VIOLAÇÕES SISTEMÁTICAS NO ÂMBITO DO (NEO)EXTRATIVISMO

Autores

  • Claudia Marcela Orduz Rojas
  • Doralice Barros Pereira

DOI:

https://doi.org/10.5016/estgeo.v17i1.14001

Resumo

A barragem de rejeitos minerais de Fundão, da Samarco (Vale S.A/ BHP Billiton), em cinco de novembro de 2015, rompeu-se, deixando 19 mortos, milhares de atingidos e um rastro de destruição ao longo da Bacia do Rio Doce. Considerado o maior desastre relacionado com rompimento de barragens de rejeitos no Brasil - e um dos maiores do mundo –, a catástrofe interpela-nos pela extensão, magnitude e complexidade das perdas e danos, bem como pelas negligências e omissões sistemáticas por parte das empresas envolvidas. A partir da análise de três momentos, o artigo analisa a sobreposição de processos sociais, territorialmente circunscritos, violentos e supressores de direitos fundamentais, no âmbito do (neo)extrativismo. Concluímos que o colapso da barragem e a vivência do desastre revelam o contexto sistemático de violências e violações intrínsecas ao capitalismo extrativista, cujo padrão de acumulação destrói naturezas, territórios, culturas e vidas

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Publicado

2019-08-02

Edição

Seção

Artigos