CLASTOS DE FORMAÇÃO FERRÍFERA BANDADA NO CONGLOMERADO DIAMANTÍFERO SOPA EM EXTRAÇÃO (DIAMANTINA, MG)

Autores

  • Márcio Célio Rodrigues da SILVA
  • Mario Luiz de Sá Carneiro CHAVES
  • Kerley Wanderson ANDRADE

Resumo

Na região de Diamantina afloram predominantemente rochas siliciclásticas pertencentes ao Supergrupo Espinhaço, de idade paleo a mesoproterózoica, atualmente admitidas como integrantes de dois grandes ciclos sedimentares distintos, em ambiente de rifte cratônico, informalmente designados Espinhaço I (Estateriano) e Espinhaço III (Esteniano). A sequência rudítica associada à Formação Sopa-Brumadinho, base do Espinhaço III, que vem sendo lavrada intensivamente devido ao seu conteúdo diamantífero, é caracterizada por variados níveis de conglomerados polimíticos, desenvolvidos em ambientes deposicionais de leques aluviais e fandeltaicos lacustres, durante a fase de clímax do rifte. Tais conglomerados foram estudados nas proximidades do vilarejo de Extração, visando vários aspectos de ordem sedimentológica, destacando-se aqui os clastos de formação ferrífera bandada (BIF), abundantes nessa localidade. Análises geoquímicas desse material, coletado nas mais importantes áreas de antigas lavras (Serrinha, Boa Vista, Cafundó e Cavalo Morto), identificaram uma proeminente assinatura geoquímica de ETRs. Estas mostram anomalias negativas simultâneas de európio e cério que não coadunam com os padrões esperados para formações ferríferas arqueanas. A principal fonte de tais clastos provavelmente encontra-se na Sequência Pedro Pereira, cujas BIFs são aqui admitidas como de idade paleoproterozoica, com melhores exposições atuais situadas ao sul da cidade de Gouveia.

Downloads

Publicado

2015-06-09

Edição

Seção

Artigos