IDADES U-Pb EM XENOTÍMIO-(Y) DE UM VEIO DE QUARTZO COM ALMEIDAÍTA E PARISITA-(La), NOVOS MINERAIS ENCONTRADOS NA SERRA DO ESPINHAÇO (NOVO HORIZONTE, BAHIA)

Autores

  • Mário Luiz de Sá Carneiro CHAVES Centro de Pesquisa Prof. Manoel Teixeira da Costa, Instituto de Geociências, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais
  • Bernhard BUHN Laboratório de Estudos Geocronológicos, Geodinâmicos e Ambientais, Instituto de Geociências, Universidade de Brasília
  • Coralie HEINIS DIAS Centro de Pesquisa Prof. Manoel Teixeira da Costa, Instituto de Geociências, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais
  • Luiz Alberto Dias MENEZES FILHO

DOI:

https://doi.org/10.5016/geociencias.v37i2.12182

Palavras-chave:

Idades U-Pb, Xenotímio-(Y), Almeidaíta, Parisita-(La), Serra do Espinhaço

Resumo

As idades iniciais de sedimentação/vulcanismo do Supergrupo Espinhaço (Minas Gerais e Bahia) são razoavelmente bem estabelecidas (~1.700Ma), bem como as idades das deformações relacionadas ao final do Ciclo Brasiliano (580-490Ma). Entretanto, a idade de formação dos veios hidrotermais de quartzo hospedados naquela sequência ainda é pouco conhecida. Análises U-Pb em xenotímio-(Y) de um veio de quartzo em rocha metavulcânica da Formação Novo Horizonte (Grupo Rio dos Remédios – Supergrupo Espinhaço), na Bahia, foram obtidas por LA-MC-ICP-MS. Almeidaíta e parisita-(La) são novos minerais descobertos no mesmo depósito, surpreendentes devido ao tamanho anômalo dos seus cristais. As três amostras de xenotímio mostraram razões isotópicas U-Pb concordantes em 491,7 ± 1,0 Ma, 493,0 ± 0,93 Ma e 504,1 ± 0,78 Ma. Essas idades são interpretadas como de cristalização do xenotímio e, consequentemente, dos novos minerais associados, corroborando outros estudos que mostram os processos geológicos do final do Brasiliano como vigentes até pelo menos ~490 Ma, no Cambriano tardio. Tais idades são também coerentes a nível regional, inteiramente semelhantes às encontradas em monazita-(Ce) de veios de quartzo do Espinhaço em Minas Gerais, e ainda à de veios contemporâneos hospedados em rochas originalmente de outro estilo metalogenético, como no Quadrilátero Ferrífero, nesse mesmo Estado, denotando um evento a nível regional de larga extensão.

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Publicado

2018-06-25

Edição

Seção

Artigos