ANÁLISE ESTRATIGRÁFICA DA SEQUÊNCIA MESODEVONIANA-EOCARBONÍFERA DA BACIA DO PARNAÍBA, NORDESTE DO BRASIL

Autores

  • Nadja Cruz FERRAZ Unesp
  • Valéria Centurion CÓRDOBA
  • Debora do Carmo SOUSA

DOI:

https://doi.org/10.5016/geociencias.v36i1.12302

Resumo

A Sequência Mesodevoniana-Eocarbonífera da Bacia do Parnaíba foi reinterpretada neste trabalho aplicando-se o modelo básico da estratigrafia de sequências. Foram analisados dados de poços e linhas sísmicas, elaborando-se a partir daí diagramas, mapas de isócoras e uma seção estratigráfica. Foram definidos dois ciclos de segunda ordem, referidos como sequências deposicionais 1 e 2 (SEQ1 e SEQ2). A SEQ1 inicia com o Trato de Sistemas de Nível Baixo (TSNB), constituído por conjuntos de parassequências progradacionais cujas litofácies indicam deposição em sistema deltaico sob influência de tempestades, tendo como limite superior a superfície regressiva máxima. O Trato de Sistemas Transgressivo (TST) caracteriza-se por conjuntos de parassequências retrogradacionais, compostos por pelitos de plataforma rasa depositados sob ação de tempestades. O Trato de Sistemas de Nível Alto (TSNA) apresenta conjuntos de parassequências progradacionais compostos por pelitos e arenitos depositados em ambientes plataformal, flúvio-estuarino e periglacial. A SEQ2 foi depositada completamente em ambiente plataformal e se inicia com o TSNB, caracterizado por um conjunto de parassequências progradacional, seguido do TST, retrogradacional. O limite superior deste trato corresponde à superfície transgressiva máxima ou ainda à Discordância Eocarbonífera. Por fim, o TSNA da SEQ2 (progradacional) é restrito às porções em que a erosão que originou a Discordância Eocarbonífera foi menos efetiva.

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Publicado

2017-03-29

Edição

Seção

Artigos