MACROFORAMINÍFEROS EM RODOLITOS NA CADEIA VITÓRIA-TRINDADE, ATLÂNTICO SUL, MARGEM LESTE BRASILEIRA

Autores

  • Claudia Gutterres VILELA Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Ariadne Senna ÁZARO
  • Gilberto AMADO FILHO

DOI:

https://doi.org/10.5016/geociencias.v38i3.12518

Resumo

A Cadeia Vitória-Trindade tem 1150 km de extensão contendo 11 montes submarinos, no sentido L-W, na margem leste brasileira, entre as coordenadas de 20-21º S e 29-38º W. No topo destes montes se desenvolvem bancos de rodolitos, formados por algas coralíneas (Rhodophyta). O Brasil possui uma grande área de rodolitos, pouco explorada, sendo pioneiro o estudo dos foraminíferos. Existem em abundância, com grandes exemplares e ótima preservação. Os rodolitos foram coletados em 2011 por mergulhadores, em pontos localizados nos cumes dos montes da cadeia a aproximadamente 60m de profundidade, nas ilhas Vitória e Almirante Saldanha. Após a preparação das amostras, foram triadas aleatoriamente 300 tecas de foraminíferos da fração maior que 500µm, da epifauna e da criptofauna, respectivamente. Foi realizada a classificação e a sistemática das espécies com algumas descrições, considerando-se o ineditismo do material. Análises quantitativas incluíram apenas a abundância absoluta e relativa. Espécies típicas de ambientes recifais, tais como Amphistegina gibbosa, Archaias angulatus e Discogypsina vesicularis foram abundantes. Os indivíduos possuem em geral grande tamanho, paredes grossas e ótimo estado de preservação. Sua classificação taxonômica leva à identificação de possíveis novas espécies ainda não encontradas nos recifes brasileiros e, provavelmente, ainda não descritas.

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Publicado

2019-12-19

Edição

Seção

Artigos