GEOLOGIA DO COMPLEXO METACARBONATÍTICO DE ANGICO DOS DIAS, DIVISA BAHIA/PIAUÍ, BRASIL

Autores

  • Rejane Lima Luciano
  • Antonio Misson Godoy Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Instituto de Geociências e Ciências Exatas de Rio Claro, Departamento de Petrologia e Metalogenia

DOI:

https://doi.org/10.5016/geociencias.v36i2.12588

Resumo

As rochas paleoproterozoicas do Complexo Metacarbonatítico de Angico dos Dias são intrusivas em rochas gnáissicas migmatíticas arqueano-paleoproterozoicas do Complexo Sobradinho-Remanso e se situam na interface entre o Cráton São Francisco e as faixas móveis Formosa do Rio Preto e Riacho do Pontal. O complexo é constituído por metacarbonatitos, metassienitos variados, metapiroxenitos, metadioritos alcalinos, tremolititos e metalamprófiros. As rochas são classificadas principalmente como calciocarbonatito e constituídas dominantemente por calcita e apatita e, subordinadamente dolomita, olivina, flogopita e magnetita. As rochas metacarbonatíticas exibem variação no conteúdo de apatita, minerais ferro-magnesianos e magnetita, constituindo um acamamento magmático cumulático que permite individualizar vários litotipos petrográficos. Além disso, exibem manto intempérico, que resulta no minério de fosfato residual, denominado de apatitito. O quadro estrutural e metamórfico é identificado por deformações paleoproterozoicas S-2 e S-1, além de um acamamento reliquiar S0, localmente preservado devido à forte transposição das foliações neoproterozoicas S1 e S2, associadas às zonas de cavalgamento e relacionada às fases colisionais iniciais, com espessamento crustal. A deformação de caráter milonítica S3 ocorre superposta às feições planares. As rochas do complexo encontram-se metamorfizadas em fácies anfibolito alto, apresentando paragêneses retrometamórficas em xisto verde médio a alto, além de caracterizarem localmente processos de fenitização e silicificação.

Downloads

Publicado

2017-10-18

Edição

Seção

Artigos