COLORIMETRIA E PERMEAMETRIA APLICADAS À AVALIAÇAO DAS ROCHAS ORNAMENTAIS BUTTERFLY BEIGE E BUTTERFLY GREEN SUBMETIDAS AO ENVELHECIMENTO ACELERADO

Autores

  • Thiago Motta BOLONINI Universidade Estadual Paulista
  • Antonio Misson GODOY Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Instituto de Geociências e Ciências Exatas de Rio Claro, Departamento de Petrologia e Metalogenia
  • Carlos Alberto FIGUEIREDO Centro de Petrologia e Geoquímica do Instituto Superior Técnico
  • António MAURÍCIO Centro de Petrologia e Geoquímica do Instituto Superior Técnico
  • Manuel Ferreira PEREIRA Centro de Petrologia e Geoquímica do Instituto Superior Técnico

DOI:

https://doi.org/10.5016/geociencias.v38i2.13734

Resumo

Os quartzo-sienitos hiperstênio conhecidos comercialmente como Butterfly Beige e Butterfly Green são extraídos no município de Barra de São Francisco, Estado do Espírito Santo – Brasil. Neste trabalho, ao longo do ensaio de envelhecimento acelerado em câmara com atmosfera saturada em SO2, foram realizadas medições de cor (Padrão CIELab – ∆E, ∆L, ∆a, ∆b e; reflectância espectral) para quantificação das modificações estéticas causadas pelo ataque físico-químico na câmara e o monitoramento da permeabilidade “C” (permeametria por intrusão a gás – constante de permeabilidade de Darcy) dos litotipos. A substância química agressiva presente no sistema é produto fotoquímico do SO2, o H2SO4 (ácido sulfúrico), e seu objetivo é o de simular reações que acontecem durante a exposição das rochas às chuvas ácidas. Deste experimento resultaram alterações estéticas significativas no Butterfly Green que, por se tratar de uma rocha escura, sofreu uma perda considerável de cor (∆E após 100 ciclos = 3,87) ficando mais clara (∆L após 100 ciclos = 3,57) devido também às variações de “a”, que mostrou sua coloração verde (∆a após 100 ciclos = -0,45) e de “b” (∆b após 100 ciclos = 1,43) que definiu o amarelamento causado na rocha, ambos corroborados pela maior reflectância entre os 550 e 590 nm. Para o Butterfly Beige as consequências das alterações foram menos nocivas, pois, por ter um tom claro, apresentou quase que metade da variação na iluminância (∆L após 100 ciclos = 1,98) verificada no Green. As variações de “a” (∆a após 100 ciclos = -0,07) e de “b” (∆b após 100 ciclos = -0,93) mostram que a rocha ficou no campo entre o verde e o azul. O mineral que mais influenciou estes resultados foi o ortoclásio presente tanto no Butterfly Beige quanto no Green. Quanto à permeabilidade o Butterfly Green apresentou maior valor acumulado (C = 0,0097) ao longo dos ciclos na câmara, seguido do Butterfly Beige (C = 0,0095).

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Publicado

2019-08-20

Edição

Seção

Artigos