ERODIBILIDADE DE SOLOS DERIVADOS DE ROCHAS DA SUÍTE SERRA DOS ÓRGÃOS: IMPLICAÇÕES PARA A INSTABILIDADE DE TALUDES DE CORTE

Autores

  • Rafael Santos de SOUSA Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Helena POLIVANOV Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Emílio Velloso BARROSO Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.5016/geociencias.v38i4.13848

Resumo

Problemas de instabilidade de taludes podem ser deflagrados por processos erosivos nos horizontes de solos saprolítcos. Nesses casos, a identificação das causas e a análise dos processos instabilizadores pode não ser uma tarefa trivial. Embora a associação dos processos de deslizamento e erosão seja relativamente comum, nem sempre as relações entre causa e efeito são bem definidas, podendo impactar significativamente os custos dos projetos e obras de instablização. Portanto, ainda é necessário avançar na identificação prévia das erodibilidades dos solos saprolíticos, os quais em condições críticas podem deflagrar a instabilidade dos horizontes superiores do solo. O principal objetivo desse manuscrito é avaliar índices que auxiliem na previsão da erodibilidade de solos saprolíticos e seu potencial na deflagração de processos de movimentos de massa em encostas ou taludes instáveis. Foram selecionados para análises dois perfis de solo, incluindo o solo saprolítico e os horizontes pedológicos, derivados de rochas da Suíte Serra dos órgãos e com registro de instabilidades e evidencias de feições erosivas observadas em campo, no município de São João de Meriti (RJ). Após a amostragem, os horizontes pedológicos e saprolíticos de cada perfil foram analisados quanto à mineralogia, propriedades físicas e mecânicas. Os resultados obtidos em laboratório confirmam as observações de campo quanto à elevada erodibilidade do solo saprolítico e seu potencial para deflagração de rupturas dos taludes de corte na região. Esse conhecimento fundamental é útil para assistir às autoridades municipais quanto ao uso do solo urbano, em especial, para a necessidade de se evitar cortes profundos e assim manter a preservação dos horizontes saprolíticos e o equilíbrio das encostas.

Biografia do Autor

Rafael Santos de SOUSA, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Instituto de Geociências, Departamento de Geologia, Programa de Pós-Graduação em Geologia, Área de concentração: Geologia de Engenharia e Ambiental

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Publicado

2020-04-07

Edição

Seção

Artigos