GEOCRONOLOGIA E GEOQUÍMICA DO ORTOGNAISSE SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO: EVIDÊNCIA DE ARCO MAGMÁTICO PALEOPROTEROZOICO NA FAIXA BRASÍLIA, GOIÁS

Geochronology and geochemistry of the São Sebastião do Paraíso Orthogneiss: evidence of a Paleoproterozoic magmatic arc in the Brasília Belt, Goiás

Autores

  • Pedro Henrique dos SANTOS Universidade Estadual Paulista. Instituto de Geociências e Ciências Exatas
  • Guillermo Rafael Beltran NAVARRO 2Universidade Estadual Paulista. Instituto de Geociências e Ciências Exatas. Departamento de Geologia.
  • Thais Güitzlaf LEME Universidade Estadual Paulista. Instituto de Geociências e Ciências Exatas
  • Antenor ZANARDO Universidade Estadual Paulista. Instituto de Geociências e Ciências Exatas.
  • Antônio Carlos ARTUR Universidade Estadual Paulista. Instituto de Geociências e Ciências Exatas.

DOI:

https://doi.org/10.5016/geociencias.v42i3.17892

Resumo

RESUMO - Na região a noroeste de Caldas Novas, Goiás, intercalado em metassedimentos do Grupo Araxá, ocorre uma lente de ortognaisse (denominado de ortognaisse São Sebastião do Paraíso), que foi inicialmente correlacionado como parte dos granitoides tipo Rio Piracanjuba. Este trabalho tem por objetivo apresentar dados isotópicos (Sm/Nd rocha total), geocronológicos (U/Pb em cristais de zircão) e de geoquímica de rocha total desta ocorrência. O ortognaisse aflora como uma lente quilométrica, orientada no sentido E-W, intercalado com metassedimentos do Domínio Sequência Quartzítica, representado por biotita-muscovita ortognaisse e/ou muscovita-biotita ortognaisse, de composição monzogranítica a granodiorítica, constituído por quartzo, microclínio, oligoclásio/andesina, biotita e muscovita e, como minerais acessórios ocorrem epidoto, allanita, zircão, apatita, titanita e minerais opacos. O ortognaisse possui composição cálcio-alcalina a álcali-cálcica e peraluminosa, com enriquecimento em LILE em relação à ETR. A geocronologia U/Pb resultou em idade de cristalização de 2.140,28 ± 7,83 Ma e idade modelo TDM(Nd) de 2.203,4 Ga, com εNd(t) positivo de 2,43. Os dados isotópicos e geoquímicos indicam que o ortognaisse formou-se em um evento magmático juvenil (arco magmático) ocorrido no Paleoproterozoico e corresponde a uma lasca tectônica do embasamento da Faixa Brasília alojada nos metassedimentos do Grupo Araxá.

Palavras-chave: Ortognaisse. Geocronologia. Paleoproterozoico. Arco Magmático.

 

ABSTRACT - In the NW Caldas Novas region (Goiás), interleaved within Araxá Group metasediments, occurs an orthogneiss lens (named São Sebastião do Paraíso orthogneiss), which was initially correlated as part of the Rio Piracanjuba-type granitoid. This paper aims to present isotopic (Sm/Nd whole rock), geochronological (U/Pb zircon), and whole rock geochemistry data of this occurrence. The orthogneiss crops out as an E-W-oriented kilometric lens, interleaved within Quartzite Sequence Domain metasediments, mainly represented by biotite-muscovite orthogneiss and/or muscovite-biotite orthogneiss, showing monzogranitic to granodiorite composition and bearing quartz, microcline, oligoclase/andesine, biotite, and muscovite and, as accessory minerals include epidote, allanite, zircon, apatite, titanite, and opaque minerals. The orthogneiss exhibits calcium-alkaline to alkaline-calcium and peraluminous composition, with LILE enrichment in comparison to REE. U/Pb geochronology yields a crystallization age of 2140.28 ±7.83 Ma, with a TDM(Nd) model age of 2203.4 Ga (positive εNd(t) of 2.43). The isotopic and geochemical data indicate that the orthogneiss was formed in a Paleoproterozoic juvenile magmatic event (magmatic arc) and corresponds to a Brasília Belt basement fragment hosted in the Araxá Group metasediments.

Keywords: Orthogneiss. Geochronology. Paleoproterozoic. Magmatic Arc.

Biografia do Autor

Pedro Henrique dos SANTOS, Universidade Estadual Paulista. Instituto de Geociências e Ciências Exatas

Graduação em Geologia. Universidade Estadual Paulista. Instituto de Geociências e Ciências Exatas. Departamento de Geologia. Avenida 24-A, Bela Vista – Rio Claro – SP. 

Guillermo Rafael Beltran NAVARRO, 2Universidade Estadual Paulista. Instituto de Geociências e Ciências Exatas. Departamento de Geologia.

Universidade Estadual Paulista. Instituto de Geociências e Ciências Exatas. Departamento de Geologia. Avenida 24-A, Bela Vista – Rio Claro – SP. 

Thais Güitzlaf LEME, Universidade Estadual Paulista. Instituto de Geociências e Ciências Exatas

Universidade Estadual Paulista. Instituto de Geociências e Ciências Exatas. Pós-graduação em Geociências e Meio Ambiente. Avenida 24-A, Bela Vista – Rio Claro – SP

Antenor ZANARDO, Universidade Estadual Paulista. Instituto de Geociências e Ciências Exatas.

Universidade Estadual Paulista. Instituto de Geociências e Ciências Exatas.

Departamento de Geologia.

Avenida 24-A, Bela Vista – Rio Claro – SP. 

Antônio Carlos ARTUR, Universidade Estadual Paulista. Instituto de Geociências e Ciências Exatas.

Universidade Estadual Paulista. Instituto de Geociências e Ciências Exatas.

Departamento de Geologia.

Avenida 24-A, Bela Vista – Rio Claro – SP. 

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Publicado

2023-12-04

Edição

Seção

Artigos