CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO PETROLÓGICO E GEOQUÍMICO DAS ROCHAS MÁFICAS-ULTRAMÁFICAS DA REGIÃO DE VILA BELA DA SANTÍSSIMA TRINDADE - MT, PORÇÃO SUDOESTE DO CRÁTON AMAZÔNICO

Autores

  • Paulo César CORRÊA DA COSTA Departamento de Recursos Minerais, Instituto de Ciências Exatas e da Terra, UFMT
  • Vicente Antonio Vitório GIRARDI Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo
  • João Batista de MATOS Departamento de Recursos Minerais, Instituto de Ciências Exatas e da Terra, UFMT
  • Amarildo Salina RUIZ Departamento de Geologia Geral, Instituto de Ciências Exatas e da Terra, UFMT
  • Ciro Teixeira CORREIA Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo.

Palavras-chave:

rochas máficas-ultramáficas, Cráton Amazônico.

Resumo

Mapeamento realizado na região de Vila Bela da Santíssima Trindade, no sudoeste do Estado de Mato Grosso revelou que a região é constituída de três unidades cristalinas não metamorfizadas (Granito Passagem, Intrusivas máficas-ultramáficas e Granito Vila Bela) sotopostas à unidade sedimentar do Grupo Aguapeí. Inferiu-se que o contato do Granito Passagem, de composição monzodiorítica, e as rochas intrusivas máficas-ultramáficas ocorre através de uma zona de cisalhamento. As rochas máficas-ultramáficas são constituidas essencialmente por gabros e hornblenda gabros cortados por diques de diabásios N45-65E. Piroxênios hornblenditos ocorrem somente em um afloramento. Os dados geoquímicos indicam afinidade toleítica e composição basáltica, com variação para composição andesitobasáltica apenas nos diques de diabásios. Os diagramas de variação indicam que os gabros, hornblenda gabros, e talvez piroxênio hornblendito, fazem parte de uma mesma suíte magmática. Entretanto, os diabásios mostram tendências geoquímicas distintas, o que leva a supor que as rochas máficas-ultramáficas derivaram-se de pelo menos duas fontes distintas. O Granito Vila Bela, de composição monzogranítica forma diques pegmatíticos intrusivos N60-65E, paralelos às fraturas nas rochas máficas-ultramáficas. O Grupo Aguapeí repousa em discordância erosiva sobre as rochas que constituem o seu embasamento e abrange toda a porção noroeste da área pesquisada. Palavras-chave: rochas máficas-ultramáficas, Cráton Amazônico.

Biografia do Autor

Paulo César CORRÊA DA COSTA, Departamento de Recursos Minerais, Instituto de Ciências Exatas e da Terra, UFMT

possui graduação em Geologia pela Universidade Federal de Mato Grosso (1996), mestrado em Evolução Crustal e Recursos Naturais pela Universidade Federal de Ouro Preto (1999), doutorado (2003) e pós-doutorado (2008) em Geociências (Mineralogia e Petrologia) pela Universidade de São Paulo. Participou como pesquisador-DCR/professor no Departamento de Recursos Minerais da Universidade Federal de Mato Grosso no período de 05/2004 a 04/2007. É professor Adjunto da Universidade Federal de Mato Grosso. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Mineralogia e Petrologia, já participou de vários projetos atuando principalmente nos seguintes temas: mineralogia, petrologia, geoquímica e petrogênese de rochas máficas-ultramáficas.

Vicente Antonio Vitório GIRARDI, Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo

Bolsista de Produtividade em Pesquisa 1D. Graduou-se pela Universidade de São Paulo e 1960, e é Professor Titular de Petrologia desde 1989. Foi Diretor do Instituto de Geociências da USP de 1991 a 1995. Coordenou 50 projetos de pesquisa no âmbito do CNPq, FAPESP e FINEP, e de convênios bi-laterais CNP-CNR (Itália)., envolvendo pesquisadores de Universidades Brasileiras e Italianas (Modena e Reggio Emilia, Milano, Ferrara e Trieste). É Membro Titular da Academia Brasileira de Ciências desde 1998, e da Academia de Ciências do Estado de São Paulo desde 2007. Editor Principal da revista Geologia USP desde 1996. Atua na área de Geociências com ênfase em Petrologia e Geoquímica, especialmente no estudo de rochas máficas-ultramáficas e mineralizações associadas. As palavras-chave mais frequentes no contexto de sua produção científica são : complexos máficos-ultramáficos, diques máficos, manto, nódulos perodotíticos, cromita, platinóides.

João Batista de MATOS, Departamento de Recursos Minerais, Instituto de Ciências Exatas e da Terra, UFMT

Possui graduação em Geologia pela Universidade Federal de Mato Grosso (1981) , especialização em Fundamentação Didático Metodológica da Formação Do pela Universidade Federal de Mato Grosso (1983) , mestrado em Geociências (Mineralogia e Petrologia) pela Universidade de São Paulo (1994) e doutorado em Programa de Pós Graduação Em Mineralogia e Petrolo pela Universidade de São Paulo (2001) . Tem experiência na área de Geociências , com ênfase em Geologia. Atuando principalmente nos seguintes temas: Petrografia, Quimica Mineral, Rochas Alcalinas.

Amarildo Salina RUIZ, Departamento de Geologia Geral, Instituto de Ciências Exatas e da Terra, UFMT

Possui graduação em Geologia pela Universidade Federal de Mato Grosso (1985) , mestrado em Geociências (Geoquímica e Geotectônica) pela Universidade de São Paulo (1992) e doutorado em Geologia Regional pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2005) . Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Federal de Mato Grosso e Membro de corpo editorial da Geociências (São Paulo). Tem experiência na área de Geociências , com ênfase em Geologia. Atuando principalmente nos seguintes temas: Geologia Regional, Tectônica, Geocronologia, Geoquímica, Cráton Amazônico.

Ciro Teixeira CORREIA, Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo.

Possui graduação em Geologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP (1979), mestrado (1986), doutorado (1994) e livre-docência (2001) em Geociências (Mineralogia e Petrologia) pela Universidade de São Paulo USP. É docente do Instituto de Geociências da USP desde 1982, onde ocupa a função de Professor Associado. Exerceu a chefia do Departamento de Mineralogia e Geotectônica GMG por dois mandatos (2003-2005 e 2005-2007). Foi por longo período responsável pelo Laboratório de Fluorescência de Raios X do GMG. É membro do Corpo Técnico do Centro de Pesquisas Geocronológicas - CPGeo do Instituto de Geociências IGc da USP, onde coordena o laboratório Re-Os. Atua nas áreas de mineralogia, petrologia ígnea e metamórfica, geoquímica e geologia isotópica, com destaque para os estudos relacionados com a proveniência e evolução de associações de rochas máficas e ultramáficas.

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