PETROGRAFIA E LITOQUÍMICA DAS FORMAÇÕES FERRÍFERAS BANDADAS DA REGIÃO DE QUIXERAMOBIM - BOA VIAGEM, CEARÁ, BRASIL

Autores

  • César Ulisses Vieira VERÍSSIMO Departamento de Geologia, Universidade Federal do Ceará,
  • Christiano MAGINI Departamento de Geologia, Universidade Federal do Ceará,
  • Clóvis Vaz PARENTE Departamento de Geologia, Universidade Federal do Ceará,
  • José de Araújo NOGUEIRA NETO Departamento de Geologia, Universidade Federal do Ceará,
  • Afonso Rodrigues de ALMEIDA Departamento de Geologia, Universidade Federal do Ceará,
  • Otaciel de Oliveira MELO Departamento de Geologia, Universidade Federal do Ceará,
  • Michel Henri ARTHAUD Departamento de Geologia, Universidade Federal do Ceará,
  • Glória Maria Silva HAMELAK Bolsista de Mestrado CNPq, Programa de Pós-Graduação em Geologia, Universidade Federal do Ceará,
  • Leiliane Rufina de AZEVEDO UNESP

Palavras-chave:

Formações Ferríferas Bandadas, Geoquímica de elementos maiores e Terras Raras.

Resumo

Duas novas ocorrências de formações ferríferas bandadas (BIF’s) foram identificadas nas regiões de Folhas Boa Viagem e Quixeramobim (Estado do Ceará). Elas estão associadas às rochas neoarqueanas a paleoproterozóicas do Complexo Cruzeta, cujas idades modelo (Sm/Nd - TDM) variam de 2,3 a 3,2 Ga. As análises químicas de elementos maiores em seis amostras mostram uma composição química relativamente simples, com SiO2 e Fe2O3 representando mais de 96% de sua composição total. Quando normalizado pelo NASC, o padrão de distribuição dos ETR sugere dois grupos distintos: o primeiro inclui as BIF’s de Quixeramobim, com somatório de ETR muito alto (121,65 e 119,37) e caracterizado também pelo aumento gradativo do fracionamento dos ETR, do Lantânio (La) em direção ao Lutércio (Lu). Neste grupo duas amostras analisadas exibem anomalia moderadamente positiva de európio (Eun/Eu*= 1,31 e 1,49). O segundo grupo é representado pelas BIF’s de Boa Viagem que possuem um somatório de ETR muito variado (6,23 a 189,44) sem anomalias positivas de európio (Eun/Eu*= 0,77 a 0,99). Estes padrões são interpretados considerando a distância da posição do sítio de deposição de ferro em relação à área fonte deste elemento. Os padrões exibidos pelas BIF’s de Quixeramobim diferem sobremaneira dos apresentados pelas BIF’s arqueanas do Tipo Algoma, mas são comparáveis aos padrões exibidos pelas BIF’s tipo Lago Superior (Eun/Eu* > 1 e < 2), onde as anomalias pouco expressivas de európio são interpretadas como decorrentes da pequena participação de fluidos hidrotermais no ambiente de deposição. Palavras-chave: Formações Ferríferas Bandadas, Geoquímica de elementos maiores e Terras Raras.

Biografia do Autor

César Ulisses Vieira VERÍSSIMO, Departamento de Geologia, Universidade Federal do Ceará,

Possui graduação em Geologia pela Universidade Federal do Pará (1985), mestrado em Geologia Regional pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1991) e doutorado em Geologia Regional pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1999). Atualmente é professor Associado I da Universidade Federal do Ceará. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geologia Regional, atuando principalmente nos seguintes temas:Cartografia Geotécnica e Geomorfologia Ambiental, Geomorfologia de Terrenos Cársticos, Tipologia de Minérios de Ferro e Manganês, Morfogênese e Intemperismo, Espeleologia

Christiano MAGINI, Departamento de Geologia, Universidade Federal do Ceará,

Possui graduação em Geologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (1991), mestrado em Geologia Regional pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1995) e doutorado em Geologia Regional pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2001). Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geologia Regional, atuando principalmente nos seguintes temas:metamorfismo, geotectônica, geoquímica, geologia estrutural, meio ambiente e cartografia.

Clóvis Vaz PARENTE, Departamento de Geologia, Universidade Federal do Ceará,

Possui graduação em Geologia pela Universidade Federal de Pernambuco (1978) , mestrado em Geologia pela Universidade de Brasília (1984) e doutorado em Metalogenie et Petrologie pela Universite de Nantes (1995) . Atualmente é Professor Adjunto IV da Universidade Federal do Ceará. Tem experiência na área de Geociências , com ênfase em Geologia. Atuando principalmente nos seguintes temas: Magnesita, Evaporitos pré-cambrianos, Paeogeografia, Metalogênese, Faixa Móvel Oros e Cabonatos pré-cambrianos.

José de Araújo NOGUEIRA NETO, Departamento de Geologia, Universidade Federal do Ceará,

Graduado em Geologia pela Universidade de Fortaleza (1980), especialização em Gemologia pela Universidade Federal de Ouro Preto (1981), especialização em Geociências pela Universidade Federal do Pará (1984), doutorado em Geologia Regional pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2000) e pós-doutorado no Instituto Superior Técnico (IST) da Universidade Técnica de Lisboa (2006). Atualmente é Professor Associado e Coordenador do Programa de Pós-Graduação e Geologia da Universidade Federal do Ceará. Desenvolve ensino e pesquisa na área de Geociências, com ênfase em Petrologia, Mineralogia e Geoquímica, atuando principalmente nos seguintes temas: geocronologia, metamorfismo, mapeamento geológico, caracterização geológica e tecnológica de rochas e minerais com aplicação industrial

Afonso Rodrigues de ALMEIDA, Departamento de Geologia, Universidade Federal do Ceará,

Possui graduação em Geologia pela Universidade Federal do Ceará (1978), mestrado em Geociências pela Universidade Federal de Pernambuco (1987) e doutorado em Geociências (Mineralogia e Petrologia) pela Universidade de São Paulo (1995). Atualmente é professor adjunto IV da Universidade Federal do Ceará. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Petrologia, atuando principalmente nos seguintes temas: petrologia e geoquímica de granitos e geotectônica.

Otaciel de Oliveira MELO, Departamento de Geologia, Universidade Federal do Ceará,

Possui graduação em Geologia pela Universidade Federal de Pernambuco (1974) , mestrado em Geoquímica - Prospecção pela Universidade Federal da Bahia (1981) e doutorado em Petrologia pela Universidade Federal de Pernambuco (1998) . Atualmente é ProfessorAdjunto da Universidade Federal do Ceará. Tem experiência na área de Geociências , com ênfase em Geologia. Atuando principalmente nos seguintes temas: Minério de Fe-Ti, Anortositos, Ortognaisses, Geoquímica, Barro Vermelho.

Michel Henri ARTHAUD, Departamento de Geologia, Universidade Federal do Ceará,

(in memorian) Graduado em Geologia - Universite de Montpellier II (Scien. et Tech Du Languedoc) (1971), mestre em Geologia Estrutural - Universite dAix-Marseille III (Droit, Econ. et Sciences) (1975) e doutor em Geologia pela Universidade de Brasília - UNB (2007). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Ceará. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geologia Regional, atuando principalmente nos seguintes temas: Evolução geodinâmica do Ceará (Província Borborema setentrional), cartografia geológica, análise da deformação das seqüências supracrustais do Ceará Central.

Glória Maria Silva HAMELAK, Bolsista de Mestrado CNPq, Programa de Pós-Graduação em Geologia, Universidade Federal do Ceará,

Geóloga formada pela Universidade Federal do Ceará (2004). Mestra em Geodinâmica e Recursos Naturais (Universidade Federal do Ceará-2008). Consultora em Geologia - CREA 42712.

Leiliane Rufina de AZEVEDO, UNESP

Possui Graduação em Geologia pela Universidade Federal do Ceará (2005) e Mestrado em Geologia pela Universidade Federal do Ceará (2008). Atualmente é doutoranda pela Universidade Estadual Paulista - UNESP.

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