ASSOCIAÇÕES PALINOLÓGICAS DO PALEÓGENO DA BACIA DE PELOTAS (POÇO BP-1, BRASIL) E SEU SIGNIFICADO ESTRATIGRÁFICO

Autores

  • Tiago Vier FISCHER
  • Paulo A. SOUZA
  • Javier Helenes ESCAMILLA
  • Mitsuru ARAI

Resumo

Seis amostras de testemunhos de sondagem do Poço BP-1, Bacia de Pelotas, foram selecionadas para estudo palinológico, entre as profundidades 3.787,05 a 3.795,10 m, revelando rica associação de palinomorfos, dominada por cistos de dinoflagelados. Acritarcos, palinoforaminíferos, ovos de copépodes e miósporos ocorrem subordinadamente ao longo da seção, com baixa representatividade percentual. Espécies-guia de dinoflagelados foram utilizadas para fins de determinação bioestratigráfica da seção, permitindo o reconhecimento de associações posicionadas entre o limite Maastrichtiano – Daniano (Cretáceo – Paleógeno) e o Ypresiano (Eoceno). Os dados obtidos evidenciam que os sedimentos representativos do primeiro intervalo estão incorporados por retrabalhamento nos sedimentos ypresianos. O paleoambiente é interpretado como essencialmente marinho, dada a ampla diversidade de dinoflagelados registrada, em detrimento do baixo teor de palinomorfos de procedência continental. O apoio em outros dados bibliográficos existentes permitiu refinar as discussões acerca das prováveis idades envolvidas no intervalo estudado, e das flutuações do nível do mar relacionadas.

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Publicado

2014-03-13

Edição

Seção

Artigos