MINERAIS INDICADORES KIMBERLÍTICOS E PROSPECTIVIDADE DIAMANTÍFERA DA INTRUSÃO ALFEU-01 (CANGUÇU, RS)

Autores

  • Mario Luiz de Sá Carneiro CHAVES
  • Kerley Wanderson ANDRADE
  • Andrezza de Assis AZZI
  • Francisco Valdir SILVEIRA

Resumo

A intrusão kimberlítica Alfeu-01 foi descoberta em 1994, ocorrendo encaixada em rochas granitóides do Complexo Pinheiro Machado, de idade neoproterozoica, no Escudo Sul-Riograndense. O kimberlito, melanocrático, possui uma matriz afanítica onde se podem observar xenólitos das rochas encaixantes, bem como macrocristais de flogopita, rutilo, granada e possivelmente diopsídio. As descrições petrográficas (basicamente flogopita + olivina + talco + serpentina) indicam que se trata de uma brecha explosiva, provavelmente da fácies diatrema. Em termos geoquímicos, destacam-se os altos conteúdos de TiO2, K2O e MnO, contrastando com intrusões diamantíferas de Minas Gerais. As granadas foram divididas em três tipos, por suas colorações, observando-se uma forte associação das colorações com os conteúdos de Fe2O3, MgO e Cr2O3. Tais granadas, da espécie piropo, situam-se nos campos mineraloquímicos G4, G5 e G9, trend em geral relacionado a intrusões estéreis. Do mesmo modo, o elevado grau de oxidação presente na Mg-ilmenita não é condizente com a preservação de diamantes. As cromitas analisadas apresentaram-se fora do campo desse mineral como inclusão em diamante. O diopsídio da intrusão é pobre em cromo, e reconhecido como de associação à suíte de basaltos alcalinos. Todos os parâmetros mineralógicos enfocados divergem caracteristicamente dos encontrados em kimberlitos férteis de Minas Gerais e, desta maneira, desestimulam fortemente quaisquer trabalhos de prospecção mais detalhada sobre a intrusão.

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Publicado

2015-01-13

Edição

Seção

Artigos