Atividade física e acidentes por quedas em idosos que frequentam centro de convivência. <br> doi: http://dx.doi.org/10.5016/1980-6574.2011v17n2p373
DOI:
https://doi.org/10.5016/1980-6574.2011v17n2p373Palavras-chave:
Acidentes por quedas, Exercício, Idoso, Serviços de saúde para idosos, Centros de convivência e lazer.Resumo
Este estudo observacional do tipo seccional teve por objetivos: investigar a prevalência de quedas acidentais em idosos freqüentadores de centro de convivência para idosos (CCI) e a influência de variáveis a ela associadas (faixa etária, sexo, estado civil, escolaridade, renda familiar/pessoa, aposentadoria, inserção no mercado de trabalho, estado cognitivo, tempo de registro e atividades praticadas no CCI e, nível de atividade física); estimar o nível de atividade física (NAF) desses idosos analisando as mesmas variáveis anteriores bem como a possível associação com quedas acidentais; e analisar as possíveis associações entre NAF e os fatores e/ou conseqüências relacionados à mais recente queda (número, período e local das quedas, ocorrência de fratura ou ferimento, procura por atendimento médico e medo de cair). Uma amostra de 350 idosos de três CCI da cidade de Cuiabá (Estado de Mato Grosso, Brasil) responderam ao Mini-Exame do Estado Mental – MEEM, e ao Questionário Internacional de Atividades Físicas - IPAQ versão curta. O Questionário de Caracterização de Quedas somente foi respondido pelos idosos que sofreram queda. Foram utilizadas para a análise de dados estatística descritiva, regressão logística binária e regressão logística ordinal pelo Modelo de Odds Proporcional (MOP), considerando o valor de p < 0,05, em uma sub-amostra de 291 idosos. Cerca de 40% dos idosos disseram ter caído nos últimos 12 meses anteriores ao inquérito; dos que sofreram queda, 45,3% afirmaram ter sofrido duas ou mais quedas. O modelo preditivo de quedas foi composto das variáveis: sexo feminino (OR= 5,12; IC= 2,48–10,56), faixa etária de 75 a 79 anos (OR=3,0; IC= 1,20–7,47), estado civil separado (OR=4,09; IC= 1,27–13,22), e ser pensionista (OR=2,82; IC= 1,20–6,64). Quanto ao NAF, 38,1% dos voluntários foram classificados no nível “alto”, 49,8% no nível “moderado” e 12,1% no nível “baixo”. Os resultados do MOP para NAF indicaram que idosos mais velhos têm menos chance de estar no NAF alto (OR=0,78: IC=0,96-2,92) do que idosos nas faixas etárias mais jovens. Da mesma forma, idosos que não trabalham (OR=0,38: IC=0,22–0,67) e aqueles com baixo índice cognitivo (OR=0,31; IC=0,31-0,38) têm menos chance de estar no NAF alto em oposição aos outros níveis. Quanto à última queda relatada, verificou-se que 46,2% dos idosos caíram à tarde, 9,4% das quedas ocasionaram fratura, 70,9% dos casos resultaram em algum tipo de ferimento e não houve conseqüências em 23,9% das quedas. Foi verificado que 54,7% dos idosos caíram fora de casa, 61,5% não procuraram atendimento médico e 43,6% relataram muito medo de cair. Em relação às variáveis referentes à última queda, o resultado do MOP pelo NAF revelou que idosos que não sofreram ferimentos têm mais chances de se encontrar no NAF alto (OR=8,19: IC= 1,00–66,74). Os resultados indicam que a condição civil, o recebimento de benefício previdenciário, o sexo e a idade foram preditores de quedas. Além disso, o nível de atividade física dos idosos não mostrou qualquer associação com a ocorrência de quedas acidentais.Downloads
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