Análise dos Efeitos Quantitativos e Qualitativos de um Programa de Educação Física sobre a Flexibilidade do Quadril em Indivíduos Com Mais de 60 Anos

Autores

  • Linda Massako Ueno Laboratório de Pedagogia do Movimento Humano, Escola de Educação Física e Esportes, Universidade de São Paulo (USP), São Paulo sp
  • Silene Sumire Okuma Departamento de Pedagogia do Movimento do Corpo Humano, Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo, São Paulo
  • Maria Luiza Miranda Curso de Educação Física, Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, SP
  • Wilson Jacob Filho Departamento de Patologia, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Universidade de São Paulo, SP
  • Linda Lee Ho Departamento de Engenharia de Produção, Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, SP

DOI:

https://doi.org/10.5016/8750

Palavras-chave:

Idosos, AVDs, programa de exercício, flexibilidade

Resumo

Pesquisas recentes têm mostrado que a baixa flexibilidade está associada à perda das funções em várias atividades da vida diária (AVDs) e pode ser uma das causas de dependência motora em indivíduos idosos. Neste sentido, o Programa Autonomia para a Atividade Física da Escola de Educação Física e Esportes da Universidade de São Paulo tem como proposta o ensino de uma prática motora permanente, inserida no cotidiano dos participantes. O programa inclui exercícios de alongamento e a aprendizagem sobre a flexibilidade. Para sabermos se o programa foi adequado para promover alterações nesta capacidade, realizamos este estudo, cujo o objetivo foi examinar seu efeito sobre a flexibilidade através de uma análise quantitativa e qualitativa. Participaram do programa 38 pessoas com mais de 60 anos, sendo 25 mulheres (idade média = 66,1 ± 4,1) e 13 homens (idade média = 68,4 ± 5,7). Este tinha duas sessões por semana de 90 minutos nas quais desenvolvia-se não somente a flexibilidade, mas todas as capacidades físicas, habilidades motoras, ritmo, restruturação corporal e informações teóricas. A análise quantitativa, que foi feita através de medidas obtidas no teste de sentar e alcançar, indicou que esta capacidade diminuiu após 12 meses de programa para ambos os sexos. A ausência de um grupo controle, critérios na seleção da amostra e controle da intensidade do exercício podem ter conduzido este resultado. A análise qualitativa, realizada através de um questionário referente às dificuldades para a realização das AVDs e sensações relacionadas à elas, revelou que os participantes tiveram, ao final do programa, menos dores e melhor qualidade na movimentação cotidiana, o que é indicativo de aumento de bem-estar físico dos sujeitos participantes do programa. Existe a necessidade de futuros estudos aplicando elementos da metodologia da pesquisa para uma melhor análise quantitativa.

Biografia do Autor

Linda Massako Ueno, Laboratório de Pedagogia do Movimento Humano, Escola de Educação Física e Esportes, Universidade de São Paulo (USP), São Paulo sp

Educação Física pela Escola de Educação Física USP (1994) e mestre em Saúde e Ciências do Esporte pela Universidade de Tsukuba, Japão (1998). Doutora em Estudos Humanos e Meio Ambiente pela Universidade de Kyoto, Japão (2003). Pós-doutorado junto ao departamento de Cardiopneumologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Hospital das Clínicas, Incor-Unidade de Reabilitação e Fisiologia do exercício (2004-2007). Tem experiência na área Fisiologia do Exercício, Fisiologia do Envelhecimento, Distúrbios Respiratórios do Sono e Doenças Cardiovasculares. Tem atuado principalmente nos seguintes temas: a) Distúrbios Respirarórios do Sono e Treinamento Físico; b) Envelhecimento e Atividade Física ; c) Efeito do Treinamento Físico no Sistema Neurovascular, Padrão de Sono e Qualidade de Vida em Pacientes com Insuficiência Cardíaca com Apnéia do sono; d) Efeito do Treinamento Físico na Modulação Autonômica Cardíaca na Saúde e Doença; e) Atividade Física e Saúde Mental.

Silene Sumire Okuma, Departamento de Pedagogia do Movimento do Corpo Humano, Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo, São Paulo

Licenciatura Plena Em Educação Física pela Universidade de São Paulo (1973), mestrado em Educação Física pela Universidade de São Paulo (1990) e doutorado em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo (1997). Sua área de estudo e de atuação profissional é a Educação Física, com foco particular nos temas: idosos, atividade física, envelhecimento, idoso e atividades físicas.

Maria Luiza Miranda, Curso de Educação Física, Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, SP

Educação Física pela Universidade de São Paulo (1975), mestre em Educação Física pela Universidade de São Paulo (1991) e doutora em Psicologia (Psicologia Experimental) pela Universidade de São Paulo (2001). Atualmente Coordena o Programa de Pós Graduação Stricto Sensu em Educação Física da Universidade São Judas Tadeu, níveis Mestrado e Doutorado. É docente, também, no mestrado em Ciências do Envelhecimento. Coordena o Grupo de Estudo e Pesquisa Sênior e foi uma das idealizadoras da proposta de educação física para idosos baseada na educação dialógica de Paulo Freire e no ideário da Promoção da Saúde, implementada no projeto de extensão Projeto Sênior para a Vida Ativa. Tem experiência na área de Educação Física, nos contextos escolar e não-escolar, atuando principalmente nos seguintes temas: educação física e envelhecimento; educação física e promoção da saúde; programas de educação física com ênfase nos aspectos psicossociais e pedagógicos; música e bem-estar subjetivo; educação para o autocuidado com a saúde na velhice.

Wilson Jacob Filho, Departamento de Patologia, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Universidade de São Paulo, SP

Médico formado pela FMUSP em 1976; Residência em Clínica Médica no Hospital das Clínicas em 1977-78; Médico Assistente da Divisão de Clínica Médica do HC-FMUSP em 1979; Especialista em Geriatria pela AMB-SBGG em 1982; Doutorado em Medicina pela FMUSP em 1988; Professor Doutor do Departamento de Clínica Médica da FMUSP em 1989; Coordenador Geral do Núcleo de Atendimento Domiciliar do HC-FMUSP em 1996; Coordenador do Hospital Dia do ICHC-FMUSP em 1998; Diretor do Serviço de Geriatria do HC-FMUSP em 1999; Professor Livre Docente da Disciplina de Geriatria da FMUSP em 2004; Especialista em Gerontologia pela SBGG em 2005; Professor Titular da Disciplina de Geriatria da FMUSP em 2006. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Geriatria, atuando principalmente nos seguintes temas: idoso, envelhecimento e atividade física.

Linda Lee Ho, Departamento de Engenharia de Produção, Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, SP

Since 1990 she has been lecturer in the Department of Production Engineering from Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. In 2010, she became Full Professor of the same department. She holds a degree in Statistics from the University of São Paulo (1978), MSc in Statistics from the University of São Paulo (1987) and PhD in Engineering (Production Engineering) from the University of São Paulo (1995). She has been reviewer of the international periodicals: International Journal of Production Economics, European Journal of Operational Research, Operations Research, Technometrics, Quality and Reliability Engineering International, International Journal of Quality and Reliability Management, Computers & Industrial Engineering, Applied Mathematical Modelling, Brazilian Journal of Operation Management; as also for the Brazilian journals: Produto & Produção; Produção; Gestão e Produção and Pesquisa Operacional. In 2007 she was co-editor of Produção and since 2008 she is editor-in-chief of Produção. Her main subjects of the research are: statistics methods applied in Production Engineering, acting on the following subjects: control charts, capability index, diagnostic error, statistical analysis and on-line control of process variables and by attributes; design of experiments.

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