MODERNIZAÇÃO DO CAMPO – NOVOS PARADIGMAS FRENTE ÀS TECNOLOGIAS CONTEMPORÂNEAS

Autores

  • Andréia Terzariol COUTO UFU

Resumo

O processo de modernização e a industrialização brasileira tiveram início na década de 1930, em meio a circunstâncias de desestruturação econômica gerada pela crise de 1929, trazendo enormes conseqüências para a agricultura. Diante do quadro da modernização, o sistema fundiário apresenta-se conservador e avesso às transformações que se iniciam, não compatibilizando-se com as recentes inovações que estavam se processando. A estrutura agrária brasileira apresentaria, então, aspectos que mostram a concentração de grande quantidade de terra nas mãos de poucos latifundiários, enquanto que à grande massa rural caberiam pequenas parcelas de terra. Sobre a situação histórica em que se deu a modernização da agricultura e a expansão do capital, dois fatores são fundamentais: adoção de novos procedimentos técnicos aliados à expansão industrial e a conservação do sistema de propriedade da terra, chamada de “modernização conservadora”1 (GRAZIANO DA SILVA, 1981). O principal objetivo da política governamental para a modernização agrícola, a partir dos anos 1950, estava baseado no ajustamento da agricultura às necessidades urbanas. Nos anos 60, continuam os investimentos em armazenamento e crédito subsidiado, mesclando-se, na primeira metade da década, propostas reformistas e distributivistas e no seu final continua a manutenção e conservação da estrutura fundiária. Na década de 1970 o crédito subsidiado continua a ser o maior estímulo para a agricultura e o propulsor da modernização do latifúndio, que se transforma de grande propriedade em empresa moderna (RIBEIRO, 1986; COUTO, 1993).

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Publicado

2008-04-15

Edição

Seção

Notas e Resenhas