TEMPO E MAGNITUDE NOS PROCESSOS GEOMORFOLÓGICOS

Autores

  • Rodrigo Freitas AMORIM UFPE
  • Antonio Carlos de Barros CORRÊA UFPE
  • Danielle Gomes da SILVA UFPE

Resumo

Apesar da ausência do emprego da escala de tempo em muitos trabalhos de geomorfologia, ela continua sendo uma variável central no entendimento dos processos morfodinâmicos. Com a adição de novas metodologias à análise do relevo, através de estudos geocronológicos, paleoclimatológicos e de neotectônica, empiricamente embasados, o conceito de tempo passou a adquirir uma perspectiva mais complexa, e voltada à elucidação de problemas geomorfológicos em escalas espaciais diferenciadas. No que tange à compreensão da própria ciclicidade dos eventos formativos, merecem destaque a emergência de ciclos em diversas periodicidades de recorrência: Ciclos tectônicos, Ciclos orbitais de Mylankovitch, Ciclos de Dansgaard Oeschger, Ciclo do ENOS, variação anual das estações É importante considerar que o erro associado ao método seja levado em conta, como por exemplo, um erro de 10% em uma escala de tempo de 103 anos equivale a 102 anos do intervalo de confiança o que gera substanciais empecilhos à comparação com dados geocronológicos obtidos em uma escala de resolução de 102 anos. Uma das principais implicações da forma como o tempo é tratado na geomorfologia é sua repercussão sobre as noções de equilíbrio. No caso do ambiente semiárido a própria noção de equilíbrio transcende às escalas de observação temporais da geomorfologia

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Publicado

2016-10-07

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