EVENTOS METEOROLÓGICOS ASSOCIADOS AO CICLONE EXPLOSIVO OCORRIDO EM JUNHO DE 2020 E IMPACTOS NO ESTADO DE SANTA CATARINA

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Resumo

Os ciclones extratropicais são um dos sistemas atmosféricos que mais causam mudanças no tempo das regiões onde atuam. Em algumas situações, esses sistemas  apresentam uma taxa de aprofundamento de ~24 hPa/24 h o que lhes confere o status de ciclones explosivos. Entre o final de junho e início de julho de 2020, um ciclone, que atingiu o status de explosivo, teve gênese entre o Rio Grande do Sul e Uruguai e rápido deslocamento para o oceano. Diante desse contexto, o objetivo do estudo é descrever o ciclo de vida do ciclone extratropical e os sistemas atmosféricos associados a ele, os quais causaram muitos danos ambientais e materiais e, até mesmo, o óbito de pelo menos 12 pessoas no Estado de Santa Catarina (SC). Para descrever a configuração do ciclone
utilizaram-se dados de reanálise, enquanto para a descrição dos impactos no Estado de SC foram usadas notícias publicadas pela mídia e dados fornecidos pela defesa civil de tal Estado. Entre os resultados destacam-se que o ciclone teve gênese associada a um cavado em níveis médios/altos da atmosfera e que teve uma taxa de aprofundamento de 36 hPa em 24 horas, o que lhe concedeu a característica de ciclone explosivo. O ramo frontal frio desse sistema, que tinha seu centro sobre o oceano, atuou sobre SC ajudando na formação de outros sistemas meteorológicos causadores de danos na região.

Biografia do Autor

Leandro Fortunato Faria, Universidade Federal de Itajubá

Meteorologista graduado pela Universidade Federal de Itajubá - UNIFEI, Mestrando e bolsista CAPES em Meio Ambiente e Recursos Hídricos pela Universidade Federal de Itajubá - UNIFEI. Estagiou no Centro de Estudos e Previsão de Tempo e Clima de Minas Gerais (CEPREMG), sendo responsável pela previsão de tempo para a cidade de Itajubá-MG, possuindo familiaridade com as linguagens de programação: FORTRAN, MATLAB, GrADS e CDO (Climate Data Operators), Python e  R. Trabalhou no Instituto aeroespacial (IAE) - DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA AEROESPACIAL (DCTA) como pesquisador bolsista do CNPq.

Michelle Simões Reboita, Univerdidade Federal de Itajubá

Graduada em Geografia (Bacharelado, 2001) e mestre em Engenharia Oceânica (2004) pela Fundação Universidade Federal do Rio Grande - FURG; doutora em Meteorologia pela Universidade de São Paulo - USP (2008). Realizou dois pós-doutorados em Meteorologia pela USP, sendo um sanduíche com a Universidade de Vigo (Espanha). Foi associada júnior do Abdus Salam International Centre for Theoretical Physics da Itália entre 2013 e 2016 e de 2018 ao presente é associada regular. É docente do Instituto de Recursos Naturais (IRN) da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), orientadora do programa de mestrado em Meio Ambiente e Recursos Hídricos da UNIFEI, coordenadora do grupo de Pesquisa e Extensão em Políticas Socioamientais (GPEPSA-UNIFEI-CNPQ) e pesquisadora do IRN, do Grupo de Estudos Climáticos (GrEC) do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP e do Núcleo de Apoio à Pesquisa em Mudanças Climáticas (INCLINE) da USP. Atua em diferentes linhas de pesquisa e extensão com grupos nacionais e internacionais (por exemplo, Espanha, Itália, Suécia e Paquistão).Tem experiência na coordenação de projetos financiados pelos principais órgãos de fomento do país bem como em projetos de pesquisa e extensão tecnológica financiados pelo setor elétrico. Foi coordenadora do curso de Ciências Atmosféricas da UNIFEI de 2015 a 2017 e coordenadora adjunta de 2018 a março de 2020; membro da Câmara de Assessoramento de Recursos Naturais, Ciências e Tecnologias Ambientais (CRA) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) de 2016 a 2018. Desde 2017 é editora assistente da Revista Brasileira de Meteorologia, desde setembro de 2020 é consultora regional do World Climate Research Programme (WCRP) e desde outubro de 2021 integra o grupo de monção das américas do WCRP. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Meteorologia Sinótica, Climatologia e Modelagem Climática. (Fonte: Currículo Lattes)

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2023-02-22

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Artigos