HEIDEGGER E O PENSAMENTO FENOMENOLÓGICO EM GEOGRAFIA: SOBRE OS MODOS GEOGRÁFICOS DE EXISTÊNCIA
Resumo
A fenomenologia existencial de Heidegger tem sido referendada como importante para o pensamento geográfico, especialmente pela Geografia Humanista, que busca a construção de uma fenomenologia geográfica. Esta influência envolve desde uma orientação mais geral sobre o conhecimento científico e o mundo da vida (experiência), passando pela reestruturação de conceitos e entendimentos, pela formulação de princípios epistemológicos, chegando à própria revis ão do estatuto ontológico da ciência geográfica, centrado no conceito de habitar. Este artigo compõe um esforço de realizar a sistematização das repercussões das diferentes fenomenologias no pensar e no fazer geográfico. Para isso, investiga a influência do pensamento de Heidegger na formação e consolidação da abordagem fenomenológica no movimento humanista estadunidense. Partindo de um mapeamento das utilizações das ideias de Heidegger pelo coletivo humanista nos anos 1960 e 1970, selecionamos um dos autores que se utilizou de seu pensamento de forma mais abrangente, tomando-o como fundamento para uma ontologia geográfica: Edward Relph. A partir do entendimento heideggeriano de ser-no-mundo como fundamento da experiência geográfica, Relph propõe o próprio repensar da origem da Geografia a partir da fenomenologia, entendendo a experiência do mundo como experiência geográfica. Palavras-chave: Geografia. Fome. Insegurança alimentar. Brasil.Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os autores mantém os direitos autorais e concedem à GEOGRAFIA o direito de primeira publicação, com os artigos simultaneamente licenciados sob a Creative Commons Attribution License, que permite o compartilhamento dos artigos com reconhecimento da autoria dos mesmos e publicação inicial nesta revista.
Geografia, Rio Claro, SP, Brasil - pISSN 0100-7912 - eISSN 1983-8700 está licenciada sob Licença Creative Commons