Saúde mental de idosos LGBT e manejo psicológico através da prática esportiva
Palavras-chave:
Envelhecimento; Atividade física; População LGBT+; Saúde mental; InclusãoResumo
O envelhecimento é um processo natural que pode se desenvolver de forma saudável, pela manutenção da capacidade funcional e da saúde mental, ou de maneira marcada pela senilidade, caracterizada pela perda de autonomia. Entre os fatores protetivos que contribuem para um envelhecimento ativo, a atividade física se destaca, sobretudo para populações vulneráveis como a comunidade LGBT+, frequentemente exposta ao estresse minoritário decorrente de discriminação, preconceito e exclusão social. Este estudo teve como objetivo analisar a relação entre idosos LGBT+ e a prática de atividade física, identificando benefícios, barreiras e possibilidades de intervenção. Trata-se de uma revisão narrativa realizada a partir de buscas nas bases SciELO, BVS, CAPES e PubMed, com os descritores em português e inglês “LGBT idosos 'atividade física'” e “LGBT elderly 'physical activity'”. Após aplicação de critérios de inclusão e exclusão, foram analisados 16 artigos publicados a partir de 2020. Os resultados evidenciam que a atividade física contribui para a redução de sintomas depressivos, aumento da autoestima, fortalecimento da resiliência e melhora da qualidade de vida de idosos LGBT+. Entretanto, persistem barreiras significativas, como homofobia, etarismo, falta de espaços inclusivos, más experiências passadas e dificuldades econômicas. Observou-se também que diferentes subgrupos da comunidade apresentam vulnerabilidades e motivações específicas: mulheres lésbicas e bissexuais, por exemplo, enfrentam maiores índices de obesidade e problemas de saúde, enquanto homens gays frequentemente vivenciam a prática esportiva mediada por questões estéticas e etarismo. Estratégias comunitárias, como intervenções coletivas em dança, mostraram-se eficazes para promover pertencimento e apoio social. Conclui-se que a atividade física é um recurso potente na promoção da saúde física e mental de idosos LGBT+, desde que acompanhada de políticas inclusivas, acolhimento profissional e estratégias coletivas que considerem a diversidade interna da comunidade.
