GEOLOGIA E LITOGEOQUÍMICA DA FORMAÇÃO SERRA GERAL NOS ESTADOS DE MATO GROSSO E MATO GROSSO DO SUL

Autores

  • Fábio Braz Machado Universidade Estadual Paulista - IGCE/UNESP
  • Antonio José Ranalli NARDY Departamento de Petrologia e Metalogenia, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, UNESP/Campus Rio Claro
  • Eduardo Reis Viana ROCHA JÚNIOR Departamento de Geofísica, Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas – IAG, Universidade de São Paulo
  • Leila Soares MARQUES Departamento de Geofísica, Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas – IAG, Universidade de São Paulo
  • Marcos Aurélio Farias de OLIVEIRA Departamento de Petrologia e Metalogenia, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, UNESP/Campus Rio Claro

Palavras-chave:

Bacia do Paraná, Formação Serra Geral, Vulcanismo cretácico.

Resumo

Os basaltos da Formação Serra Geral nos estados de Mato Grosso e Mato Grasso do Sul ocupam uma área aproximada de 180.000 km2 estando sobrepostos aos arenitos desérticos da Formação Botucatu e soto-postos pelas rochas siliciclásticas neocretácicas dos Grupos Bauru e Caiuá. Apresentam mineralogia primária constituída de plagioclásio (40% - 55%), clinopiroxênios (19% - 40%; augita e pigeonita), minerais opacos (2% - 10%) e olivina (até 1,5%). A geoquímica dessas rochas mostra tratar-se de basaltos altos em Ti (ATi) do tipo Pitanga (2,6% < TiO2 < 4,2%, 396 ppm < Sr < 438 ppm) e baixos em Ti (BTi), do tipo Ribeira (BTi;1,7% TiO2 < 2,4%, 246 ppm < Sr < 286 ppm). Os basaltos ATi-Pitanga são caracterizados por apresentarem fracionamento levemente maior de terras raras leves em relação às pesadas (La/Yb(n) = 6,1 + 1,5) em comparação àquelas BTi-Ribeira (La/Yb(n) = 5,6 + 1,7). Essas diferenças podem estar relacionadas à fontes mantélicas distintas ou a diferentes graus de fusão parcial de um mesmo manto parental. Pode-se também verificar que as rochas BTi-Ribeira situam-se nas zonas mais periféricas da bacia em comparação àquelas ATi-Pitanga, e considerando-se o espessamento dos derrames em direção ao Graben do Paraná, é possível que os basaltos ATi-Pitanga estejam sobrepostos àqueles do tipo BTi-Ribeira. Palavras-chave: Bacia do Paraná; Formação Serra Geral; Vulcanismo cretácico.

Biografia do Autor

Antonio José Ranalli NARDY, Departamento de Petrologia e Metalogenia, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, UNESP/Campus Rio Claro

possui graduação em Geologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1981) , mestrado em Geofísica pela Universidade de São Paulo (1988) e doutorado em Geologia Regional pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1996) . Atualmente é Professor Doutor da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Membro de corpo editorial da Geociências (São Paulo), Revisor de periódico da Geociências (São Paulo), Revisor de periódico da Revista Brasileira de Geociências e Revisor de periódico da Geologia USP. Série Científica. Tem experiência na área de Geociências , com ênfase em Geologia. Atuando principalmente nos seguintes temas: Petrologia, Geoquímica, Estratigrafia, Vulcanismo Mesozóioco, Bacia do Paraná e Basaltos.

Eduardo Reis Viana ROCHA JÚNIOR, Departamento de Geofísica, Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas – IAG, Universidade de São Paulo

Possui graduação em Física Bacharelado pela Universidade Estadual de Santa Cruz - BA (2003) e mestrado em Geofísica pela Universidade de São Paulo (2006). É estudante de doutorado pela Universidade de São Paulo. Entre 2009 e 2010 estagiou na University of Maryland at College Park (Estados Unidos da América) como colaborador (doutorado-sandwich). Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Litogeoquímica e Geologia Isotópica (Sr-Nd-Pb-Os), atuando principalmente no Estudo geoquímico e isotópico de províncias ígneas continentais: significado geodinâmico.

Leila Soares MARQUES, Departamento de Geofísica, Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas – IAG, Universidade de São Paulo

acharel em Física pela Universidade de São Paulo (1978), mestre em Geofísica pela Universidade de São Paulo (1983) e doutora em Geofísica pela Universidade de São Paulo (1988). De 2002 a 2007 atuou como professora associada (Livre Docente) do Departamento de Geofísica do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo e atualmente é professora titular dessa mesma Instituição. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Litogeoquímica, Geologia Isotópica e Geofísica Nuclear, atuando principalmente nos seguintes temas: 1. Estudo geoquímico e isotópico de províncias ígneas continentais: significado geodinâmico; 2. Aplicação de métodos de desequilíbrio radioativo (U-Th-Ra) ao estudo de materiais geológicos.

Marcos Aurélio Farias de OLIVEIRA, Departamento de Petrologia e Metalogenia, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, UNESP/Campus Rio Claro

possui graduação em Geologia pela Universidade de São Paulo (1966), mestrado em Geociências (Mineralogia e Petrologia) pela Universidade de São Paulo (1969) e doutorado em Geociências (Mineralogia e Petrologia) pela Universidade de São Paulo (1972). Atualmente é professor titular da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geologia, atuando principalmente nos seguintes temas: neoproterozóico, geoquimica, geologia regional, petrologia e geocronologia.

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Publicado

2010-08-27

Edição

Seção

Artigos