ANÁLISE DAS CAUSAS CLIMÁTICAS SOBRE O NÚCLEO DE DESERTIFICAÇÃO DE IRAUÇUBA-CE

Analysis of climate causes on the desertification nucleus of Irauçuba-CE

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5016/geociencias.v41i04.16264

Resumo

Processos de desertificação no Brasil ocorrem especialmente em áreas do Nordeste e as condições climáticas são as que mais contribuem para isso. O objetivo principal neste trabalho foi analisar as possíveis causas climáticas que influenciam o processo de desertificação em Irauçuba-CE. Para isso, foram utilizados dados mensais de precipitação e temperatura do ar do referido município, cedidos pela FUNCEME, para o período de 1981 a 2020. A quadra chuvosa em Irauçuba compreende o período de janeiro a abril, sendo o mês de março o de máximo registro de precipitação. Os máximos de precipitação estão entre 100 mm a 432,50 mm e os máximos de temperaturas entre 28,2°C a 29,9°C. Ocorreram mais anos secos que anos úmidos. Foram detectadas tendências de diminuição na precipitação indicando que as chuvas que ocorreram na localidade vêm diminuindo gradativamente ao longo do tempo, com tendências na série de -0,9078. Enquanto a temperatura tende a aumentar, com tendência na série de 0,0833 sem significância estatística conforme o teste T-Student. A análise de ondeletas sugere que precipitação e a temperatura foram influenciadas pelas escalas: sazonal, ENOS estendido, Manchas solares e Dipolo do Atlântico, e a Oscilação Interdecadal do Pacífico influenciou apenas a série de temperatura. Nas análises de ondaletas cruzadas ocorreu maior coerência na escala de 8 anos, indicando que o máximo de precipitação ocorre 3 anos antes do máximo do Dipolo do Atlântico.

Biografia do Autor

Maria José da SILVA LIMA, Universidade Federal de Alagoas

Mestranda Maria José da Silva Lima. Meteorologista; Mestranda em meteorologia no programa de Pós-Graduação em Meteorologia na Universidade Federal de Alagoas; Endereço: Universidade Federal de Alagoas, Av. Lourival Melo Mota, S/N, Tabuleiro do Martins, Cep: 57072-970, Maceió-Alagoas, Brasil Email: maria.lima@icat.ufal.br

Djane Fonseca da SILVA, Universidade Federal de Alagoas

Drª. Djane Fonseca da Silva; Meteorologista; Profª. Associado II da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Campus Maceió, no Instituto de Ciências Atmosféricas – ICAT; Endereço: Universidade Federal de Alagoas, Av. Lourival Melo Mota, S/N, Tabuleiro do Martins, Cep: 57072-970, Maceió-Alagoas, Brasil; Email: djane.silva@icat.ufal.br

Maria Luciene Dias de MELO, Universidade Federal de Alagoas

Drª. Maria Luciene Dias de Melo. Meteorologista; Profª. adjunto da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Campus Maceió, no Instituto de Ciências Atmosféricas – ICAT; Endereço: Universidade Federal de Alagoas, Av. Lourival Melo Mota, S/N, Tabuleiro do Martins, Cep: 57072-970, Maceió-Alagoas, Brasil; Email: maria.melo@icat.ufal.br.

Jório Bezerra CABRAL JÚNIOR, Universidade Federal de Alagoas

Jório Bezerra Cabral Júnior. Geógrafo. Professor Adjunto C (nível 1) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Instituto de Geografia, Desenvolvimento e Meio Ambiente (IGDEMA, UFAL); Endereço: IGDEMA/UFAL, Av. Lourival Melo Mota, S/N, Tabuleiro do Martins, Cep: 57072-970, Maceió-Alagoas, Brasil; Email: jorio.cabral@gmail.com

 

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Publicado

2023-04-11

Edição

Seção

Artigos