As iogas como cultura alternativa

Autores

  • Maria Macedo Barroso Técnica em Assuntos Educacionais do Departamento de Antropologia do Museu Nacional/UFRJ, Rio de Janeiro, RJ

DOI:

https://doi.org/10.5016/8735

Palavras-chave:

Ioga, Contracultura, Terapias Corporais, Novos Movimentos Religiosos.

Resumo

Pretendo analisar neste artigo alguns momentos de apropriação das tradições hindus pelo Ocidente, ressaltando o caráter contracultural por eles assumidos desde finais do século XVIII, quando se constituiu o movimento Romântico. No caso específico das iogas, compreendê-las como parte daquilo que se convencionou chamar de "cultura alternativa" implica em percebê-las como mais do que uma mera ginástica, conhecida sobretudo pelos bons resultados que proporciona em termos de postura física e diminuição do stress, e situá-la no quadro mais amplo das práticas religiosas que acionam o corpo como via de acesso privilegiada para a experiência do sagrado. É exatamente esta dimensão da corporalidade, da qual não se excluem aspectos psicológicos, que explica, por sua vez, a afinidade das iogas com as propostas presentes em grande parte dos assim chamados "novos movimentos religiosos", para os quais a associação entre as dimensões do físico, do psicológico e do espiritual parecem ser uma marca, em grande parte herdada das religiosidades orientais.

Biografia do Autor

Maria Macedo Barroso, Técnica em Assuntos Educacionais do Departamento de Antropologia do Museu Nacional/UFRJ, Rio de Janeiro, RJ

Professora adjunta do Departamento de Antropologia Cultural e do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia - PPGSA do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais - IFCS da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ. Doutora em Antropologia (2008) e Mestre em Antropologia Social (1999) pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional da UFRJ, especialista em História Social do Rio de Janeiro pelo Museu Histórico Nacional - MHN (1986) e graduada em História pela Universidade Federal Fluminense - UFF (1982). As atividades de pesquisa e a produção bibliográfica e técnica estão relacionadas a dinâmicas identitárias individuais e coletivas de formação de comunidades étnicas, religiosas e políticas, bem como a processos contemporâneos de formação do Estado e construção da nação, indigenismo e políticas indigenistas.

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Edição

Seção

Congresso Internacional de Educação Física e Motricidade Humana e Simpósio Paulista de Educação Física