“Navegar é preciso, viver não é preciso”: risco no discurso da vida ativa
DOI:
https://doi.org/10.5016/2190Palavras-chave:
atividade física. exercício físico. risco. políticas públicas.Resumo
Neste ensaio, discuto a emergência da moderna noção de risco, suas diferentes abordagens epistemológicas e como elas se manifestam no discurso da vida ativa. Para isso, tomo como referência o programa Agita São Paulo, apontado pela OMS como exemplar no campo da promoção da atividade física. O programa, porém, funda suas estratégias na perspectiva realista de risco, desconsiderando os condicionantes socioculturais da atividade física e tomando-a como a solução para os complexos problemas de saúde pública. Para promover a vida ativa, o programa se baseia em um discurso que busca o consenso, a despeito das diferenças socioeconômicas, demonizando o sedentarismo e culpabilizando seus adeptos; além disso, toma a racionalidade como musa inspiradora do comportamento humano.Downloads
Publicado
2009-05-06
Edição
Seção
Artigos de Atualização ou Divulgação