“Navegar é preciso, viver não é preciso”: risco no discurso da vida ativa

Autores

  • Marcos Santos Ferreira Instituto de Educação Física e Desportos da UERJ, Rio de Janeiro, RJ

DOI:

https://doi.org/10.5016/2190

Palavras-chave:

atividade física. exercício físico. risco. políticas públicas.

Resumo

Neste ensaio, discuto a emergência da moderna noção de risco, suas diferentes abordagens epistemológicas e como elas se manifestam no discurso da vida ativa. Para isso, tomo como referência o programa Agita São Paulo, apontado pela OMS como exemplar no campo da promoção da atividade física. O programa, porém, funda suas estratégias na perspectiva realista de risco, desconsiderando os condicionantes socioculturais da atividade física e tomando-a como a solução para os complexos problemas de saúde pública. Para promover a vida ativa, o programa se baseia em um discurso que busca o consenso, a despeito das diferenças socioeconômicas, demonizando o sedentarismo e culpabilizando seus adeptos; além disso, toma a racionalidade como musa inspiradora do comportamento humano.

Biografia do Autor

Marcos Santos Ferreira, Instituto de Educação Física e Desportos da UERJ, Rio de Janeiro, RJ

Licenciado Pleno em Educação Física pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1987), mestre em Educação Física pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1993) e doutor em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca/Fiocruz (2008). Atualmente é professor adjunto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Educação Física e Saúde Coletiva, atuando principalmente nos seguintes temas: promoção da saúde, educação física escolar e políticas públicas de promoção da atividade física. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/9767784641288058

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Publicado

2009-05-06

Edição

Seção

Artigos de Atualização ou Divulgação