Identificações de gênero: jogando e brincando em universos divididos

Autores

  • Sissi Aparecida Martins Pereira Departamento de Educação Física e Desportos UFRRJ Rio de Janeiro RJ
  • Ludmila Mourão Programa de Pós-Graduação em Educação Física UGF Rio de Janeiro RJ

DOI:

https://doi.org/10.5016/83

Palavras-chave:

Gênero. Sexismo nos jogos infantis. Brincadeiras de meninos e meninas.

Resumo

A pesquisa se desenvolveu numa perspectiva etnográfica, através da observação do comportamento das crianças de Classe de Alfabetização – CA - até a 4ª série do ensino fundamental, que brincavam nos ambientes recreativos disponíveis do Centro de Atenção Integral à Criança – CAIC Seropédica, Rio de Janeiro. Pode-se constatar que as crianças se dividiam, preferencialmente, por sexo, entretanto as meninas e os meninos menores brincavam juntos. Essa organização ia se diferenciando com o aumento da idade, culminando em separação total na 4a série. Geralmente as meninas eram excluídas do jogo de futebol preferido pelos meninos e brincavam de queimada, corda e “coisas de menina”. Verificou-se que muitas professoras, quando interferiam nos jogos e brincadeiras, reforçavam a separação das crianças por sexo. Pode-se concluir que a escola favorece o sexismo, reforçando-o através de atitudes, palavras e/ou rituais que vão incutindo nas crianças a idéia de separação.

Biografia do Autor

Ludmila Mourão, Programa de Pós-Graduação em Educação Física UGF Rio de Janeiro RJ

Rua Mario Pederneiras 4/204, Humaitá Rio de Janeiro RJ 22261-020

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Publicado

2006-11-29

Edição

Seção

Artigo Original

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