IMPACTOS DAS MUDANÇAS DE COBERTURA VEGETAL NO SALDO DE RADIAÇÃO E FLUXO DE CALOR NO SOLO NOS TABULEIROS COSTEIROS DE ALAGOAS

Autores

Resumo

O Estado de Alagoas tem uma área de 11,12% destinada ao cultivo de cana-de-açúcar. O fluxo de calor no solo (FCS) é um importante componente do saldo de radiação (Rn) e ambos sofrem variações com a mudança da cobertura vegetal. O experimento foi realizado em uma área experimental de cultivo de cana de açúcar, no município de Rio Largo (09°28’03’’ S, 35°49’49’’ W), no período de novembro/2017 a novembro de 2018, com o propósito de caracterizar FCS e Rn sob condições de diferentes graus de cobertura vegetal do solo nos Tabuleiros Costeiros de Alagoas. As componentes do saldo de radiação foram medidas por um saldo radiômetro modelo CNR1 da Kipp e Zonen, enquanto o FCS foi medido por três placas do modelo HFT-3 (REBS, Campbell Scientific Inc., EUA), as quais foram instaladas a uma profundidade de 0,05 metros. A transmitância atmosférica (Kt) predominante foi de céu parcialmente nublados (54,70%). A precipitação, juntamente com a nebulosidade, radiação solar incidente e cobertura do terreno interferiram no ciclo sazonal do saldo de radiação (Rn) e fluxo de calor no solo (FCS). O impacto, em termos médios, da retirada da cobertura vegetal no Rn foi quase nulo, enquanto no FCS foi de 437% no período diurno e 240% no noturno.

Biografia do Autor

Luan Santos de Oliveira Silva, Universidade Federal de Alagoas, Brasil

Graduando em Meteorologia pelo Instituto de Ciências Atmosféricas na Universidade Federal de Alagoas. Desenvolve pesquisa de Iniciação Científica como membro do Laboratório de Modelagem Atmosférica (LABMODEL/UFAL).

Rosiberto Salustiano da Silva Junior, Universidade Federal de Alagoas, Brasil

Professor Nível Associado da Universidade Federal de Alagoas, com os títulos de Bacharel e Mestre em Meteorologia pela Universidade Federal de Alagoas  e Doutor em Meteorologia pela Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em climatologia, modelos atmosféricos, poluição atmosférica e energias renováveis.

Carlos Alexandre Santos Querino, Universidade Federal do Amazonas

Possui graduação e mestrado em meteorologia pela Universidade Federal de Alagoas (2003) e (2006), Doutorado em Física Ambiental pela Universidade Federal de Mato Grosso (2016) e Pós-doutorado em Ciências Ambientais pela Universidade Federal de Goiás. Realiza pesquisas no âmbito da interação biosfera-atmosfera na Amazônia e Pantanal. Tem experiência na área de Geociências (Meteorologia), com ênfase em Radiação Solar, Micrometeorologia e Climatologia.

José Marcelo Lopes Júnior, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

Doutorando em Meteorologia do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), mestrado e graduação pela Universidade Federal de Alagoas em meteorologia. Áreas de pesquisa: Radiação solar e atmosférica, transferência radiativa e sensoriamento remoto. 

Marcos Antonio Lima Moura, Universidade Federal de Alagoas (UFAL)

Possui graduação em Meteorologia pela Universidade Federal de Alagoas (1984) e Doutorado em Agronomia (Energia na Agricultura) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2000). Atualmente é professor titular do Instituto de Ciências Atmosféricas da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Tem experiência na área de Ciências Ambientais, com ênfase em Micrometeorologia de Ecossistemas Ameaçados (Mata Atlântica, Amazônia e Caatinga), mas com foco em Mudanças Climáticas e Radiação Solar.

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Publicado

2023-09-05

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