A DESVALORIZAÇÃO DO ELEMENTO EMPÍRICO E O ASPECTO LIVRESCO NA CONSTRUÇÃO DO SABER GEOGRÁFICO MEDIEVAL OCIDENTAL
DOI:
https://doi.org/10.5016/geografia.v46i1.15565Resumo
Trata, o presente artigo, de aspectos que consideramos fundamentais na construção do saber geográfico ao longo da Idade Média. Nele, abordamos basicamente dois aspectos que estão, em verdade, entrelaçados. De um lado, notamos uma irrestrita desvalorização da pesquisa empírica amparada, em parte, no privilégio dado ao Criador em detrimento da inferioridade concedida às coisas criadas. Do outro, relacionado a esse primeiro aspecto, constatamos que houve um cenário em que a palavra escrita se fez caminho da verdade e isso foi feito sem o contrapeso da evidência empírica, do caminho indutivo. Tal fato conduziu o saber geográfico à perda de seu realismo e de sua utilidade prática. Tal característica encontrou forte rebatimento, salientamos, na produção do conhecimento geográfico do período, alcançando navegadores como Colombo. Cabe mencionar que, ao final do artigo, o leitor encontrará uma discussão sobre o famoso mapa de Ebstorf, que serve como ponto de chegada e exemplificação das premissas anteriormente discutidas.
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Geografia, Rio Claro, SP, Brasil - pISSN 0100-7912 - eISSN 1983-8700 está licenciada sob Licença Creative Commons