VARIAÇÕES REGIONAIS DA OFERTA TURÍSTICA NA ESTRADA REAL

Autores

  • Alexandre M.A DINIZ PUCMinas
  • Éder Romagna RODRIGUES PUCMINAS

Resumo

A criação de caminhos interconectando os núcleos mineradores coloniais das Minas Gerais foi parte integrante da complexa estratégia de gestão territorial metropolitana. A Coroa Portuguesa organizou ao longo desses caminhos uma rede administrativa-fiscal baseada em vilas, comarcas e casas de fundição. Com a exaustão das minas, as estradas foram paulatinamente abandonadas e as construções civis e os equipamentos de fiscalização oficiais perderam sua utilidade original. Recentemente, este rico legado chamou a atenção de políticos e entidades contemporâneas que, no intuito de preservar e explorar seus vastos potenciais turísticos, criaram planos de desenvolvimento. Neste contexto destaca-se o Instituto Estrada Real, que promoveu uma regionalização das áreas adjacentes aos caminhos reais no afã de fomentar a sua atratividade turística. Esta regionalização, entretanto, omitiu aspectos centrais ao desenvolvimento turístico, como os próprios atrativos turísticos. Este estudo promove uma análise regional da oferta turística ao longo da Estrada Real, com base na regionalização proposta pelo Instituto Estrada Real. Os resultados revelam grandes discrepâncias entre as várias sub-regiões, sugerindo uma reavaliação dos critérios de regionalização. Os atrativos naturais concentram-se a certa distância dos centros urbanos mais dinâmicos, enquanto os atrativos culturais agrupam-se nas sub-regiões próximas aos centros urbanos. Palavras-chave: Regionalização turística. Atrativos turísticos. Estrada Real.

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Publicado

2009-09-21

Edição

Seção

Artigos