AGRICULTURA FAMILIAR E ESPECIALIZAÇÃO AGRÍCOLA: CAMINHOS E DESCAMINHOS PARA O DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL NO SUL/SUDOESTE DE MINAS GERAIS

Autores

  • Patricio CARNEIRO

Resumo

Neste artigo são discutidas as lógicas produtivas de explorações familiares no Sul/Sudoeste de Minas Gerais, identificando problemas e vantagens para construção da sustentabilidade socioespacial. Os estágios diferenciados dos agricultores nos levaram a adotar os enfoques teóricos de Chayanov, Kautsky e Lamarche. As explorações familiares convencionais têm substituído a policultura por produtos ditados pela lógica do mercado, com sua conseqüente subordinação aos canais de produção agroindustrial ou de comercialização. Por outro lado, as explorações familiares orgânicas têm possibilitado a melhoria da qualidade de vida e a transmissão do patrimônio cultural rurais, além de estar influenciando as relações de vizinhança. Apesar de atreladas às cooperativas de comercialização, estão mais próximas da sustentabilidade rural. Os resultados sinalizam que a empresa familiar estudada não é sinônimo de pequena produção ou de agricultura camponesa. Mas, há de se ressalvar que os agricultores familiares desta região diferem, substancialmente, de outras partes do estado, principalmente daqueles da Zona da Mata, do Jequitinhonha e do Norte de Minas. Palavras-chave: Empresa Familiar. Subordinação Agroindustrial. Sustentabilidade Socioespacial Local. Sul/Sudoeste de Minas.

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Publicado

2008-08-16

Edição

Seção

Artigos