Geografia Política e gestão de conflitos nas Reservas Extrativistas

Dimensões de poder, resistência e sustentabilidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5016/geografia.v50i1.19657

Resumo

Este estudo analisa as dinâmicas de uso e gestão da terra nas Reservas Extrativistas (RESEX) Chico Mendes e Cazumbá-Iracema, localizadas no Vale do Acre, com base na Geografia Política e na Ecologia Política. A pesquisa explora os conflitos de poder entre comunidades tradicionais, o agronegócio e o Estado, enfatizando as disputas territoriais e o papel da governança local como espaço de resistência. Utilizando uma abordagem quali-quantitativa, foram realizadas revisões bibliográficas e análises de dados multitemporais sobre a cobertura da terra nas RESEX. Os resultados evidenciam que a conversão de florestas em pastagens pode impactar negativamente as práticas tradicionais das comunidades. Conclui-se que o zoneamento e a gestão participativa são fundamentais para mitigar os conflitos de uso da terra, equilibrando a conservação ambiental e o desenvolvimento sustentável. O estudo destaca a necessidade de políticas públicas que integrem justiça social e sustentabilidade para proteger os territórios e culturas das comunidades tradicionais da Amazônia.

Biografia do Autor

Silvia Cristina de Jesus, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

Ecóloga (Unesp), Mestre em Sensoriamento Remoto (INPE), Doutora em Ciências Ambientais (UFSCar) e Especialista em Ambiente e Sociedade (FLACSO). Atua como pesquisadora na UFSCar, dedicando-se ao estudo de como as Geotecnologias podem ser aplicadas para fortalecer a governança territorial e a resiliência de comunidades. Sua pesquisa se concentra em temas relacionados à justiça ambiental, especialmente no contexto de áreas protegidas.

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Publicado

2025-12-18

Edição

Seção

Seção temática | V Congresso Brasileiro de Organização do Espaço