A (semi)formação na Educação Ambiental Universitária: tensionamentos a partir de um estudo empírico sob a ótica da Teoria Crítica

Autores

  • Daniela Cássia Sudan Educadora da Universidade de São Paulo (USP)
  • Vânia Gomes Zuin Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

DOI:

https://doi.org/10.18675/2177-580X.2019-13930

Resumo

A formação socioambiental, na vertente critica de Educação Ambiental, aponta para reflexões e ações emancipatórias em âmbito individual e coletivo, na busca por transformar realidades degradantes da vida em todas as suas formas e sentidos. No entanto, os processos de ensino têm conduzido à semiformação na atualidade, numa sociedade que coloca inúmeros obstáculos para a concretização da emancipação, na perspectiva da Teoria Crítica. Objetivamos discutir neste artigo dados derivados de um estudo sobre um Projeto Universitário de Educação Ambiental de cunho emancipatório de uma instituição Pública de Educação Superior/IES do Estado de São Paulo / Brasil. A partir da matriz teórico-metodológica da pesquisa-ação-participante adotada pelo projeto da IES de interesse, traduzida pelo grupo coordenador como “pessoas que aprendem participando”, coloca-se em xeque “o que e como se aprende fazendo” em capilaridade, diante de barreiras burocráticas, hierárquicas, político-econômicas e pedagógicas encontradas no decorrer do projeto. A orientação metodológica deste estudo pautou-se em pesquisa participante e na análise textual discursiva. Dentre os resultados, identificam-se leituras diferenciadas do projeto da IEA pautado na pesquisa-ação-participante, em que o “aprender-fazendo” se revela com uma práxis em relação com ações transformadoras, educação popular e reflexão crítica, ao mesmo tempo em que oscila no referido projeto, um ativismo pragmático. De forma geral, a educação ambiental em capilaridade estudada apontou para a potencialização da autonomia e da liberdade na instituição. Fica o desafio de manter e aprofundar reflexões e ações críticas, como resistência à semiformação nos processos de educação ambiental em universidades.

Biografia do Autor

Daniela Cássia Sudan, Educadora da Universidade de São Paulo (USP)

Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Educação – PPGE, pela Universidade Federal de São Carlos – SP, Brasil. Educadora do Departamento de Educação, Informação e Comunicação (DEDIC), da Universidade de São Paulo (USP), no campus de Ribeirão Preto – SP.

Vânia Gomes Zuin, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

Pós-doutora em Química pela Universidade de São Paulo (2004) e pelo Centro de Pesquisas Ambientais - Helmholtz-Zentrum für Umweltforschung / UFZ - Alemanha (2005), com apoio da fundação Alexander von Humboldt (AvH), bem como pelo Green Chemistry Centre of Excellence, University of York (GCCE-UoY), Inglaterra (2014). Docente do Departamento de Química, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos - SP, Brasil. Docente do Programa de Pós-Graduação em Educação - PPGE. Universidade Federal de São Carlos, Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia, Departamento de Química.

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Publicado

2020-01-27

Edição

Seção

Artigos