Paisagens dominantes e de exceção:

proposta de Índice de Nuclearidade da Paisagem (INP) para identificação de enclaves e redutos

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Resumo

Baseado na premissa da interatividade espacial entre paisagens dominantes e enclaves, o presente artigo tem por objetivo apresentar um Índice de Nuclearidade da Paisagem (INP), obtido pela associação de diferentes variáveis, cuja interação diferencia as paisagens nucleares dos enclaves de exceção. A proposta teve como base empírica a bacia do rio do Salto (Brasil Sudeste), caracterizada por pronunciada amplitude altimétrica que determina uma distribuição dos geossistemas em zonação altitudinal. Os resultados apontaram que os enclaves emergem nas principais elevações regionais, onde as condições climáticas e edáficas são restritivas para os ecossistemas florestais regionalmente dominantes. A diferenciação entre paisagens nucleares e de exceção também encontra respaldo na distribuição dos geossistemas, estando os enclaves ligados aos geossistemas de natureza azonal e as áreas nucleares aos geossistemas controlados pela zonalidade climática. Ainda, a cartografia do índice é aderente à compartimentação funcional da paisagem, mostrando a conectividade entre os enclaves altimontanos e as paisagens intermontanas dominantes.

Biografia do Autor

Roberto Marques Neto, Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

Professor do Departamento de Geociências e do Programa de Pós-graduação em Geografia da Universidade Federal de Juiz de Fora.

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Publicado

2025-10-08

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