O Estado da Arte a Respeito dos Estudos de Educação Ambiental Realizados em Comunidades Quilombolas no Brasil

Autores

  • Maurivan Vaz Ribeiro Universidade Federal de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.18675/2177-580X.2021-15014

Resumo

O Brasil apresenta uma imensa diversidade étnica, linguística e cultural e apesar do grande número de comunidades quilombolas no Brasil, essas ainda sofrem por descaso e falta de reconhecimento de suas terras, aumentando ainda mais os problemas sociais enfrentados por essas comunidades como o acesso à saúde e saneamento básico. Do ponto de vista ambiental, as comunidades tradicionais em geral são bem preservadas devido à grande relação dessas comunidades com a natureza, onde cada espécie de planta, grupo de animais, tipo de solo e paisagem possui um uso prático ou religioso. Ações de educação ambiental tem se tornado uma ferramenta importante na busca pela identificação cultural e preservação da natureza das comunidades quilombolas. Apesar disso, poucos estudos ainda vêm sendo publicados a respeito dessas ações, dificultando a identificação de lacunas com relação às comunidades quilombolas menos assistidos. O presente trabalho buscou identificar quantitativamente os estudos de educação ambiental realizados em comunidades quilombolas. Foram realizadas buscas na plataforma Google Scholar por meio das seguintes palavras-chave: “Quilombolas”, “Educação Ambiental” e “Comunidades tradicionais”. Foram encontrados 65 estudos, sendo a maior parte do tipo artigo científico em revistas de qualidade intermediária. A comunidade Quilombola Mata-Cavalo localizada às margens da BR-MT 060 no Estado do Mato Grosso-MT, foi a mais estudada e o ano com maior número de publicações foi 2018. Os temas dos estudos encontrados foram bastante variáveis, demonstrando o caráter multidisciplinar da educação ambiental e realizados em sua maioria por universidades públicas, demonstrando a importância da valorização dessas instituições.

Biografia do Autor

Maurivan Vaz Ribeiro, Universidade Federal de Goiás

Biólogo formado pela Universidade Federal de Goiás - UFG, Mestre em Biodiversidade Animal também pela UFG, Especialista em Planejamento e Gestão Ambiental pela UEG e MBA Executivo em Gerenciamento de Projetos pela Universidade Cândido Mendes. É fundador do Instituto Boitatá de Etnobiologia e Conservação da Fauna, no qual atuou como Diretor Administrativo entre 2015 e 2017. Atualmente é Secretário Institucional da ONG Guardiões do Cerrado. Possui ainda pós-graduação em Saneamento e Saúde Ambiental pela UFG. Colabora eventualmente com o Laboratório de Etnobiologia da Universidade Federal de Goiás (UFG)

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Publicado

2022-01-17

Edição

Seção

Artigos