CICLO ANUAL DO OZÔNIO ESTRATOSFÉRICO NA AMÉRICA DO SUL E VIZINHANÇAS E SUA VARIABILIDADE INTERANUAL

Autores

  • Iara Regina Nocentini ANDRÉ INPE
  • Jorge Conrado CONFORTE INPE
  • Nelson Jesus FERREIRA INPE

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo analisar a variabilidade do ozônio estratosférico e suas relações com a dinâmica estratosférica sobre a América do Sul e vizinhanças, utilizando-se análise harmônica da série de imagens TOMS do satélite Nimbus-7, durante o período de 1979 a 1992. Os resultados mostram que a amplitude do ozônio apresenta grande/pequena variabilidade em latitudes altas/baixas sendo mais pronunciada em Setembro. O padrão espacial do ciclo anual revela um comportamento latitudinal bem definido sendo possível identificar três principais domínios: tropical (15oS a 25oS), extratropical (25oS a 55oS) e subpolar (>55oS). No primeiro caso, as amplitudes são pequenas em torno de 10oS, e a maximização/minimização do primeiro harmônico ocorre durante a primavera/outono. Além disso, as amplitudes no Hemisfério Norte são maiores que as correspondentes no Hemisfério Sul. Dentro do domínio extratropical as amplitudes maiores encontram-se em latitudes médias sobre o Oceano Pacífico Sudeste e Atlântico sudoeste e ao norte de 20oN. Observou-se que a variabilidade do ciclo anual do ozônio nessa região aparentemente é influenciada pelo vórtice polar e em média o primeiro harmônico é máximo em Setembro. As amplitudes são relativamente pequenas em torno de 60oS e entre 0o e 120oW (domínio subpolar) onde os valores máximos ocorrem na primavera. No que se refere à variabilidade inter-anual do ciclo anual, sugere-se que mudanças na amplitude do ozônio devido a oscilação quase bi-anual (QBO) estão presentes em todas latitudes, particularmente nas latitudes tropicais onde ela tem conexões com eventos El Niño. Palavras-chave: ozônio; análise harmônica; circulação estratoférica.

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Publicado

2008-07-14

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